Abel Ferreira, treinador do Palmeiras
Abel Ferreira, treinador do Palmeiras - Foto: IMAGO

«90 minutos em casa é muito tempo. Pacto é para quem é preguiçoso e faz mezinhas»

Abel Ferreira não atira a toalha ao chão e acredita que o Palmeiras conseguirá dar a volta à desvantagem de 0-3 na Libertadores na receção ao LDU Quito

Apesar da pesada derrota no Equador, com o LDU Quito (0-3), na primeira mão das meias-finais da Libertadores, Abel Ferreira recusou atirar a toalha ao chão, mostrando-se confiante numa resposta do Palmeiras em casa para seguir em frente na prova.

«Vivo do trabalho e das boas energias — de acreditar naquilo que faço. E sei reconhecer, como foi o caso de hoje [quinta-feira], quando o adversário é melhor. Então, parabéns ao adversário, que foi melhor que o Palmeiras. Ponto. E 90 minutos no Allianz Parque é muito tempo. É só isso que eu tenho para dizer. O nosso adversário, em casa deles, fez três golos. Eu acredito — não é pacto — eu acredito que é possível, na nossa casa, fazer o mesmo número de golos ou mais. Basta olhar para os últimos resultados que tivemos em casa», afirmou o técnico.

«Não tenho pacto com ninguém. O meu pacto é com o meu trabalho, com aquilo em que acredito. E, como já disse várias vezes, não vamos ganhar sempre, mas vamos lutar sempre para ganhar até o último segundo. É isso que vamos fazer nesta eliminatória. Infelizmente, foi a nossa primeira derrota nesta competição. Foi uma derrota dura, pesada. Mas eu acredito: se há equipa que pode reverter um resultado como este, somos nós. É nisso que acredito — no meu trabalho», sublinhou.

«Pacto é para quem não trabalha, para quem é preguiçoso, para quem acredita na sorte, para quem pensa que, fazendo umas mezinhas, as coisas acontecem. Não é nisso que acredito. Venho de baixo, sei o quanto me custou chegar até aqui. Agradeço por tudo o que conquistei, mas sei de onde tudo isso veio: do trabalho, da competência e de dar sempre o meu melhor. A verdade é que temos de assumir: hoje, infelizmente, num jogo decisivo, não estivemos à altura. Não sei se foi pela forma como entrámos no jogo, pela maneira como os jogadores interpretaram o que pedi… Mas, começando por mim, não estivemos à altura. Mas 90 minutos no Allianz Parque é muito tempo», reforçou.

O encontro da 2.ª mão está agendado para a próxima quinta-feira à noite (madrugada de sexta-feira em Lisboa).