«O Benfica tem a responsabilidade toda do lado deles, mas...»

Depois de afastar o Paredes na 2.ª etapa da prova rainha, o Chaves tem agora pela frente o Benfica de José Mourinho, que faz o seu primeiro jogo da época na Taça.

Filipe Martins, sabendo de antemão que o estádio estará cheio, não acredita que isso seja um fator que crie ansiedade nos seus jogadores: «A ansiedade é para todos. Quem não estiver preparado, dificilmente vingará no futebol. Para nós é mais um teste que nos vai fazer elevar os níveis de intensidade e competitividade frente a uma excelente equipa. Temos tudo a ganhar e nada a perder.»

Para o timoneiro flaviense, a única responsabilidade que tem é «dignificar este clube e esta região». «A responsabilidade está do lado contrario, a ambição tem de estar do nosso lado», acrescentou.

Apesar do adversário ter, teoricamente, todo o favoritismo, ganhar o jogo e passar a eliminatória está no pensamento do grupo.

Em relação ao favoritismo do Benfica, o técnico acredita que é possível alcançar um resultado positivo: «Se estivermos no nosso máximo, as nossas possibilidades crescem. Temos de ser competentes e roçar a perfeição. Esperar pelo momento menos bom do adversário, porque nós temos qualidade, reconhecendo que vamos passar mais tempo sem bola. Mas vamos ser competentes em todos momentos do jogo.»

Questionado pelo momento «atribulado» que o Benfica atravessa, Filipe Martins diz não estar «preocupado com o momento do Benfica». «Não acredito que cheguem aqui fragilizados», adiantou.

A Taça é uma competição que importa, e que os flavienses mantêm a ambição de chegar longe, mas o treinador do Chaves afirma que está mais «focado no objetivo da subida de divisão e fazer crescer a equipa».

Este jogo é precedido de compromissos das seleções, foi mais complicado para o Benfica preparar o jogo, pois teve mais jogadores ao serviço dos seus países. No caso do Chaves, que também teve internacionais, o facto é visto de outra forma. Nas palavras de Filipe Martins, Vozinha, internacional por Cabo Verde que atingiu o feito histórico de se apurar para um Mundial, foi recebido em festa pelo balneário flaviense, criando até um momento descontraído no seio do grupo, onde todos tiveram «um bocadinho» de cabo-verdianos.