Treinador dos dragões 'puxou' pela visita ao museu do clube para comentar o adiamento do embate com o Arouca, que a SAD descreveu como «decisão unilateral» da Liga

O Arouca-FC Porto, Yann Karamoh e Mourinho: tudo o que disse Farioli

Treinador dos dragões fez o lançamento do jogo com o Rio Ave, marcado para esta sexta-feira (20h15)

Na véspera do Rio Ave-FC Porto, Francesco Farioli falou em conferência de Imprensa e, além de ter lançado as bases para o embate com os vila-condenses, que ainda não venceram no campeonato, tocou em temas quentes da atualidade, com destaque para José Mourinho no Benfica e o adiamento do jogo com o Arouca para dia 29, que motivou pronta reação da SAD azul e branca.

— O que espera deste jogo com o Rio Ave?

— O Rio Ave tem três empates, é um adversário difícil de bater. Um clube que mudou de proprietário e pertence ao grupo Marinakis, representando o seu espírito de ambição. Tem um treinador com uma conquista fantástica no Olympiacos, a Youth League. Gosta de jogar com três defesas e é capaz de criar problemas. Analisámos, preparámos da melhor forma possível, tentámos analisar o trabalho do treinador na última época, para termos uma imagem mais aproximada do que podemos encontrar. Estamos a fazer o nosso trabalho. Queremos estar prontos e com a mentalidade certa no jogo de amanhã.

— De que forma olha para o adiamento do jogo com o Arouca?

— Nestes dias falou-se muito sobre esse tema. A posição do clube é clara e eu não podia estar mais alinhado com ela. Temos de ter em atenção o coeficiente da UEFA, é uma situação que não ajuda qualquer clube português. Vai criar problemas, uma situação fora do normal. No Ajax, o calendário não foi o ideal para nós em três ocasiões, mas todos queremos lutar e tentaremos encontrar soluções. Ontem fomos ao museu, não só para conhecê-lo melhor, mas também para conhecer a história e os troféus do FC Porto. Esta é a história do FC Porto, lutar contra tudo. Foi assim no passado e acredito que, não havendo um passado, não há presente, nem futuro. A decisão está a decorrer e vamos tentar estar prontos para jogar. O importante é prepararmo-nos bem, para defrontarmos o Rio Ave. O meu foco é o Rio Ave e colocar todo o ruído para trás das costas, porque a prioridade do FC Porto é o presente e esse presente é o jogo com o Rio Ave.

— Como estão o Martim Fernandes e o William Gomes?

— Estiveram no treino de hoje. Em relação a amanhã e se vão ser chamados ou não, digo que o William tem 99 por cento de hipóteses de estar. Quanto ao Martim, ainda teremos de ver com o departamento médico a situação.

No último fim de semana falou com Mourinho? Acha que ele pode mudar o cenário do campeonato?

— Ele esteve no Porto, foi um grande momento para ele e para o clube. Celebrou-se o passado. Não tive a oportunidade de falar com ele. Não me cabe comentar a carreira do míster Mourinho. É uma lenda do futebol português e internacional, inspiração para muitos treinadores e para mim também. Não há nada oficial, para já. Não é de mim comentar o que se passa fora do FC Porto. É a única coisa que posso dizer.

O que pode dizer sobre o reforço Yann Karamoh?

— É um jogador com quem trabalhei há alguns anos e que tem qualidades muito interessantes. Ainda não mostrou todo o potencial que tem. No tempo em que estivemos juntos mostrou alguns flashes da sua melhor versão. Estou confiante de que pode ajudar o FC Porto. Pode jogar connosco e com equipa B, se necessário. É um rapaz grande, tem força, mas para estar na sua melhor forma física vai precisar de alguns dias.

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Como se têm adaptado jovens como Gabriel Brás, André Miranda e Alarcón?

— O Gabi esteve connosco na pré-época. Estou muito feliz com ele. Tem a mentalidade certa e aprendeu muito rapidamente. Cheguei a falar com o selecionador de sub-21 [Luís Freire] sobre ele. O Miranda e Ángel têm caraterísticas diferentes, ainda precisam de perceber um pouco melhor as necessidades da equipa principal. Nas duas últimas semanas, o Ángel mudou muito a forma de pensar a nível performance, nutrição, e trabalho extra, está a dar tudo para ter oportunidades. Vai ser inscrito na lista da UEFA, se tudo correr bem a nível de documentação. Acredito que tem aqui uma boa oportunidade de estar mais próximo da equipa principal.

Ainda conta com um defesa-central que esteja livre no mercado?

— O clube e o presidente estiveram muito ativos nestes dias para perceberem todas as possibilidades. Quem vem para cá tem de se enquadrar em certos parâmetros, não vamos avançar para contratações de pânico. A transferência de Karamoh vem nessa direção, mas na defesa ainda temos a oportunidade de recuperar alguns jogadores. O Martim está a recuperar, o Alberto também e Pablo pode jogar ali. Há o Gabi e o Tomás Pérez, que voltou da seleção para estar connosco. Vamos encontrar soluções.

Como justifica a integração de André Castro na sua equipa técnica?

— Conheço muito bem o André desde que comecei a ver futebol português. Tive bom feedback das pessoas do clube. Passámos algum tempo juntos quando chamámos alguns jogadores da equipa B para nos ajudarem e gostei muito da energia dele no campo, põe-se ao serviço do FC Porto. Além dessa ligação que tivemos, decidimos tê-lo mais próximo de nós. É um elo de ligação entre as duas equipas e mais um grande coração do FC Porto na equipa técnica.