Nova temporada da Fórmula 1 arranca com apresentação histórica

Ao contrário do que aconteceu nos últimos 75 anos da Fórmula 1, as 10 equipas e os 20 pilotos juntaram-se para fazerem a apresentação oficial da nova temporada, esta terça-feira, na Arena O2, em Londres, e também para celebrarem esta marca histórica num evento inéditodo maior desporto motorizado.

O apresentador foi o comediante britâncio Jack Whitehall, que começou por assinalar a presença de alguns dos protagonistas e outras grandes personalidades do desporto, e até de celebridades que o acompanham, como Gordon Ramsey, isto após todos passarem pela passadeira vermelha.

Antes de começarem a serem apresentados os novos visuais dos carros passou um pequeno vídeo a resumir os 75 anos da história da F1, que mostrou a grande evolução que houve no desporto. 

A entrada das equipas foi feita consoante a sua classificação no Mundial de Construtores, da pior para a melhor, portanto a Kick Sauber, que somou apenas 4 pontos na época passada, foi a primeira a entrar em ação. Nico Hulkenberg e Gabriel Bortoleto, que substituiram Valtteri Bottas e Zhou Guanyu, entraram no palco ao mesmo tempo que o seu novo C45, e também do chefe de equipa, Mattia Binotto.

O ex-piloto da Haas mostrou-se muito entusiasmado e feliz por voltar a estar atrás do volante na próxima semana, assim como o seu novo colega, o estreante brasileiro. «É fantástico ver este público e sentir esta energia. Estou muito feliz», disse, passando a palavra ao chefe de equipa: «Sinto-me cheio de energia para esta nova época. Gosto do design, estou muito entusiasmado para a nova temporada, depois da última, vamos mostrar às pessoas quem somos. 2025 vai ser muito importante para nós.»

Logo de seguida foi a vez da Williams, que já tinha apresentado o seu novo carro na última semana, assim como a McLaren, embora não com o design definitivo.

James Vowles entrou no palco com Alexander Albon e Carlos Sainz, a nova parceria para 2025 (o espanhol substituiu Franco Colapinto), e afirmou que esta temporada assinala uma nova era da equipa.O tailandês aprovou o FW47 e explicou que sentiu um progresso da temporada passada, enquanto o ex-Ferrari garantiu estar satisfeito com a mudança, que está a aproveitar o momento e que está ansioso por entrar no carro.

A seguir veio a CVARB, que manteve Yuki Tsunoda, promoveu Liam Lawson para a Red Bull e chamou Isack Hadjar. Este foi provavelmente o carro que mais mudanças sofreu de um ano para o outro. A cor principal é o branco e não o azul, e nota-se mais a presença do símbolo da equipa mãe. O japonês foi simples nas palavras e disse que é «um dos melhores designs» que já viu na F1.

Em 2024, a Haas ficou em sétimo e decidiu trocar ambos os pilotos. Ocon veio da Alpine e Bearman deixou de ser reserva na Ferrari, garantindo um lugar na Fórmula 1 a tempo inteiro, sendo que os dois se mostraram entusiasmados por esta nova aventura.«Estamos muito felizes por o apresentar, para mim é um carro muito bom, ansioso por Bahrain», disse o francês. «Mal posso esperar, tive algumas oportunidades na época passada, esta tenho mais, vai ser muito bom», acrescentou, passando a palavra a Komatsu, chefe de equipa que substituiu Gunther Steiner no ano passado. «Temos passado muitos altos e baixos, mas estamos a gostar muito desta jornada.» 

Com uma grande prestação em Interlagos, a Alpine superou o péssimo arranque de temporada e chegou à sexta posição, não só graças a Ocon, que saiu para dar lugar ao estreante Doohan, mas principalmente por causa de Gasly. Os pilotos não quiseram abordar a próxima temporada, mas o chefe de equipa Olive Oakes foi direto sobre os seus objetivos: «Temos de subir na classificação.» 

Em quinto terminou a Aston Martin, que procura fazer melhor este ano e já com um reforço de peso, Adrian Newey, que deixou a sua marca no novo carro. Lance Stroll, como sempre, foi poupado nas palavras, mas Fernando Alonso foi mais longe e afirmou mesmo que é o «melhor carro da noite», após uma grande entrada... à James Bond.

De seguida tivemos a Mercedes, que pela primeira vez desde 2013 vai começar uma temporada sem Lewis Hamilton, mas o seu substituto Kimi Antonelli mereceu a confiança de Toto Wolff. «É um privilégio e uma grande oportunidade estar aqui. Tenho o apoio certo da Mercedes e estou a trabalhar para me preparar o melhor possível», disse o estreante italiano, enquanto Russell não quis comentar diretamente o facto de ser o novo líder da equipa.

Ao contrário das restantes equipas, Christian Horner foi o único a falar na Red Bull e apenas para apresentar os pilotos Liam Lawson e Max Verstappen, que se limitaram a acenar para o público.

A penúltima equipa a ser apresentada foi a Ferrari e o destaque foi, naturalmente, para Lewis Hamilton, novo parceiro de Leclerc para 2025. «Sinto-me tanto cheio de vida e energia, porque tudo é novo. Focado no que está à frente, estou tão orgulhoso por fazer parte da equipa, algo novo e entusiasmante para mim», disse o britânico, enquanto o monegasco revelou que ainda não tinha visto o carro e afirmou que quer escrever história ao lado do ex-Mercedes: ser campeão do mundo com a Ferrari, cumprindo o seu sonho.

Por fim, a nova equipa campeã do mundo avançou para o palco e Zak Brown e Andrea Stella reveleram o novo MCL39, esperando que este carro faça justiça ao anterior, que quebrou os 26 anos sem o título de Construtores da McLaren. Norris e Piastri apontaram à nova conquista do título, esperando também conquistar o individual.

«Não foi assim tão perto [com Verstappen], mas espero [ser campeão do mundo]. A equipa fez um trabalho espetacular na última temporada, se começarmos a época como a acabamos... a resposta é sim. Estamos todos entusiasmados após o último ano e hoje tudo começa», disse o britânico, passando a palavra ao australiano.«O ano passado foi um grande resultado para a equipa, mas queremos elevar o nível e lutar desde o início.»