«Noronha Lopes? Dom Sebastião. Promessas vagas, compromissos não há»
Foi numa entrevista a A BOLA que Cristóvão Carvalho, candidato a presidente do Benfica nas eleições de 25 de outubro, olhou para os outros candidatos, um a um.
— Em que medida acredita ser a melhor solução para o Benfica, analisando o que sabe dos projetos dos outros candidatos?
«Olhamos para o programa do presidente Rui Costa, tem promessas, mas não tem um projeto de futuro, nem financeiro, nem para o futebol, nem para as modalidades. A única coisa de fundo que vemos é o Benfica District, que não viável a curto prazo.»
«Depois temos outro projeto dentro dessa ideia, o de Luís Filipe Vieira, que continua a ser alicerçado na pessoa e na obra. Eu fiz... E qual é o projeto futuro? Qual é a solução financeira?»
«Temos João Noronha Lopes, o Dom Sebastião... Tem um programa, sim senhor, mas e os compromissos? Quantos campeonatos? Quantas Taças? Ligas Europeias, nunca falou em Ligas Europeias, fala agora. Votem em mim, que eu vou mudar, mas como? Baixar os custos, a partir daí são chavões, coisas que todos identificamos no Benfica e queremos resolver, mas qual é o plano estrutural? qual é o compromisso com os benfiquistas? Não tem.»
«Depois, João Diogo Manteigas, a mesma coisa — um programa bem definido, talvez o mais detalhado, mas o que vai fazer, qual o compromisso? Onde é que ele vai buscar a capacidade financeira para resolver? Depois temos o Martim [Mayer], um projeto até parecido com o meu, mas falta-lhe a estrutura financeira para poder alavancá-lo e os compromissos. Compromete-se com situações, que são normais, baixar os custos, aumentar as receitas, ter uma grande equipa de futebol, arranjar um técnico de referência.»
«Eu tive a coragem de dizer que quero ganhar uma Liga dos Campeões em seis ou sete anos, três títulos em cada quatro, três taças de Portugal em cada quatro, nas modalidades voltar à hegemonia. Encontrei capacidade financeira para resolver os problemas. Se ganhar, ao fim de quatro anos os benfiquistas vão dizer o que cumpri e não cumpri; os outros são promessas vagas, aquela história respeitar o manto sagrado, ser hegemónicos, compromissos não há.»