Comemoração emotiva do britânico no final do Grande Prémio de Abu Dhabi #DAZNF1

Nico Rosberg: «A culpa foi do Hamilton e tive de pagar 360 mil euros!»

Oscar Piastri defendeu as polémicas 'regras da Papaia' que a McLaren usou na F1 em 2025, as secretas normas da equipa para lidar com dois pilotos rivais e candidatos na mesma casa. Nico Rosberg, campeão em 2016, recordou, a propósito, episódio na Mercedes

O piloto da McLaren, Oscar Piastri, defendeu a aplicação das regras da papaia na equipa britânica durante a temporada de Fórmula 1 de 2025.

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As referidas regras, cujo conteúdo exato não é muito claro para o público em geral, foram objeto de inúmeras discussões entre fãs e analistas ao longo do ano. No entanto, Piastri explicou que a aplicação das regras da papaia permitiu que ele e Lando Norris lutassem em pé de igualdade pelo título mundial, que acabou por ser conquistado pelo britânico, enquanto Piastri terminou em terceiro, 13 pontos atrás dele e 11 atrás de Max Verstappen.

«É uma prova da forma como competimos. Não é fácil lutar por dois títulos com dois pilotos muito equilibrados, mas este é um problema que sabíamos que teríamos. No final, acredito que muitas coisas boas resultaram desta situação. Sim, houve momentos difíceis com mais pressão, mas penso que tanto eu como o Lando nos tornámos melhores pilotos pelo facto de nos termos impulsionado mutuamente. Por vezes, foi desconfortável para todos, mas, no geral, penso que foi algo bom. Ao longo do ano, tivemos muitas discussões e tenho a certeza de que isso continuará durante o inverno, quando discutiremos se queremos que algo seja diferente para a próxima temporada. Mas, no final das contas, eles deram-nos uma oportunidade igual de lutar pelo título mundial e não poderíamos ter pedido mais», disse o australiano.

Em 2016, a Mercedes tinha Nico Rosberg e Lewis Hamilton em situação semelhante. O alemão sagrou-se campeão e despediu-se de forma inesperada da modalidade, continuando, no entanto, na galeria dos notáveis.

A propósito das famosas papaya rules, Rosberg recordou um episódio que viveu com Hamilton, quando ambos bateram no Grande Prémio de Espanha. Na primeira volta, os dois pilotos da Mercedes colidiram após Rosberg fechar a porta numa tentativa de ultrapassagem de Hamilton, que acabou na relva, perdendo o controlo e batendo no companheiro, resultando no abandono de ambos e numa investigação da FIA, que considerou ser um incidente de corrida, sem culpado único, mas com responsabilidade partilhada. 

Rosberg recordou agora que não foi só a responsabilidade que partilharam. «Eu tinha um contrato que dizia que se alguma vez tivéssemos um acidente entre colegas de equipa, tínhamos de dividir a conta 50-50 entre os pilotos. Foi muito caro!», disse. «Em Barcelona eu e o Lewis tivemos de dividir a conta, e se bem me lembro foram 360 mil euros só para mim. Custou muito», disse o alemão, que acabou de completar 40 anos e que, na altura, recebia cerca de 15 milhões de euros por época, metade do que Hamilton auferia. «Claro que a culpa foi do Lewis, de quem mais?! [risos]. A culpa foi dele e tive de pagar 360 mil euros!»