Nem Courtois evitou humilhação do PSG a Mbappé e companhia... com golo luso

Humilhação em Nova Jérsia. Tinha tudo para ser um duelo bastante equilibrado entre dois dos favoritos a vencer o Mundial de Clubes, no início do torneio, mas acabou por ser um passeio completo para o PSG, que mostrou a Xabi Alonso que ainda tem muito trabalho para fazer no Real Madrid durante a pré-temporada.

Apesar do belo início de partida, bastante intenso e com ataques rápidos de parte a parte, com ambas as equipas a poderem marcar logo a abrir, a primeira parte foi claramente dos parisienses. Antes do primeiro golo, Courtois foi adiando o inevitável, evitando os golos de Fabián Ruiz e Nuno Mendes, em duas jogadas consecutivas.

Porém, os seus companheiros não ajudaram e dois erros individuais deram uma vantagem madrugadora e problemática ainda antes dos dez minutos.

Praticamente sem pressão, Asencio, de regresso ao onze inicial após cumprir um jogo no banco e outro por castigo, voltou a fazer asneira: recebeu mal a bola e permitiu a aproximação de Dembélé. O francês recuperou e assistiu, inadvertidamente, Fabián Ruiz, que tinha a baliza aberta. Segundos depois, num lance em que a formação de Xabi Alonso tinha a linha muito subida, Rudiger tentou atrasar a bola para Courtois, mas falhou o passe e Dembélé aproveitou, ficando num um para um com o guarda-redes belga e convertendo essa clara ocasião de golo.

Querendo ou não, esses dois tentos sofridos tiveram bastante impacto nos merengues e não tardou muito até chegar o terceiro golo. Num ataque de Hakimi pelo lado direito, o marroquino cruzou para Fabián Ruiz, que, apesar de estar a ser agarrado e pressionado por Valverde, substituto do lesionado Trent Alexander-Arnold na ala direita, não teve muitos problemas para bisar na partida. Remate indefensável para Courtois, que voltou a evitar o quarto golo com mais uma excelente defesa, mesmo em cima do intervalo, a Dembélé.

A segunda parte também arrancou com um golo, mas irregular, porque Dembélé estava em fora de jogo. O ex-Barcelona ainda assistiu Doué, mas a equipa de arbitragem invalidou imediatamente o lance. Com o jogo bastante controlado, Luis Enrique começou já a pensar na final e em fazer algumas poupanças, tirando titulares indiscutíveis, tendo lançado ainda para jogo outro português, Gonçalo Ramos, que se juntou aos compatriotas João Neves, Vitinha e Nuno Mendes, todos presentes no onze inicial, aos 60'. Por outro lado, destaque para o último jogo de Modric com a camisola do Real: o croata entrou também para a última meia-hora, assim como Militão e Carvajal, ambos de regresso aos relvados após lesões prolongadas.

Apesar de o PSG ter tirado o pé do acelerador e de ter gerido o jogo com muita calma na segunda parte, o Real Madrid não conseguiu criar perigo e é caso para dizer que os franceses estiveram sempre mais perto do quarto do que os espanhóis do primeiro. Prova disso foi o que aconteceu nos segundos finais, em que Gonçalo Ramos aproveitou a desconcentração da defesa oponente para fechar as contas do jogo e aproveitou também para dedicar o golo a Diogo Jota, imitando o seu festejo.

A formação de Luis Enrique fica agora a um jogo de voltar a fazer história pelo PSG - venceu todos os títulos possíveis esta temporada - e de conquistar o Mundial de Clubes, mas para isso terá de derrotar o Chelsea no domingo.