Morreu o jogador que originou a regra da «falta tática»

Willie Young, antigo jogador do Arsenal e do Aberdeen, faleceu aos 73 anos, informaram os dois clubes este sábado.

«Fiável, dominante no jogo aéreo e destemido, a sua imensa contribuição para um período de sucesso significa que será sempre recordado com carinho por aqueles que viram a sua colossal figura a repelir ataques e a causar o caos nas defesas adversárias em lances de bola parada», lê-se, na nota dos gunners.

Além dos dois clubes acima mencionados, o antigo defesa escocês jogou ainda no Tottenham, no Nottingham Forest, no Norwich, no Brighton e, por último, no Darlington, onde terminou a carreira, em 1984/85.

Young, refira-se, ficou conhecido como o rosto de uma mudança decisiva nas leis do jogo, a normalmente chamada «falta tática»: na final da Taça de Inglaterra de 1980, o então futebolista do Arsenal derrubou Paul Allen, avançado do West Ham, quando este seguia isolado para a baliza.

Viu o cartão amarelo, mas a falta originou um debate nacional, pois apesar de não ter sido violenta, tinha sido cometida com apenas um propósito: impedir o adversário de fazer golo.

«O Paul recebeu um passe em profundidade, a uns 20 metros da entrada da área», recordou Young no livro Rebels for the Cause, de Jon Spurling. «Tive uma fração de segundo para decidir. Ou ele provavelmente marcava, ou eu teria a oportunidade de pelo menos tentar evitar o golo. Então pensei: 'Tem de ser'. Era defesa e defendi. Não foi uma falta violenta. Só toquei no pé dele e ele caiu. O Paul foi muito compreensivo e disse: 'Eu teria feito o mesmo'. Nunca mais perdi o sono por causa disso»,acrescentou.

Dois anos depois, os árbitros passaram a poder mostrar cartão vermelho direto por um jogador «impedir uma oportunidade clara de golo».

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