Modalidades «representam menos de 10% das despesas totais» no FC Porto
João Khoeler esteve ao lado de Pinto da Costa na sessão de esclarecimento na Casa do FC Porto em Vila de Famalicão e, como homem-forte das finanças da candidatura, esclareceu acerca dos problemas financeiros do clube e como os pensa contornar no futuro.
«Quero abordar diretamente a questão do impacto das modalidades no orçamento do clube, que representa menos de 10% das despesas totais. Para contextualizar, o FC Porto gasta anualmente cerca de 165 milhões de euros apenas na equipa principal de futebol, incluindo salários, amortizações de passes de jogadores e encargos financeiros. Como é prática comum na Europa, o clube é obrigado a vender jogadores para equilibrar as contas, o que gera receitas extraordinárias. Apesar de possuir uma dívida considerável, o FC Porto tem capacidade de gerar receitas suficientes para cumprir osseus compromissos financeiros. A maior parte da dívida do clube está colateralizada, garantida por terceiros, como contratos de televisão e patrocínios. Estamos em processo de renegociação para reduzir o custo do serviço da dívida, visando diminuir os 25 milhões de euros anuais em juros para 10 milhões de euros», disse o empresário.
Khoeler deixou garantias de que o «objetivo passa por dobrar as receitas do clube nos próximos três anos. Para isso, planeamos aumentar as receitas televisivas e de bilheteira, bem como criar novas fontes de receita, como um banco digital baseado na base de sócios e adeptos do clube. Queremos expandir a marca do FC Porto internacionalmente, especialmente nos mercados lusófonos, com a criação de academias e participação em campeonatos locais».
João Khoeler refere que quer «tornar o clube financeiramente sustentável, mas também fortalecer a marca globalmente».
Pinto da Costa frisou ainda que o FC Porto vai «continuar a fazer investimento«.
O Varela não veio de graça, o Nico também não. O Otávio igual. Apesar das dificuldades do clube na tesouraria, temos investido na equipa e vamos continuar a investir. Não investimos mal. Se vir o Varela, o Otávio, o Francisco e o Nico, são quatro grandes investimentos, mas custaram dinheiro. Agora valem é muito mais do que custaram. Temos de continuar a fazer isto, acertar em jogadores como acertámos nestes», explicou.