Milhares em Portimão para ver a 'last dance' de Miguel Oliveira em casa

Passava pouco das 8 horas da manhã e já a estrada que leva ao Autódromo Internacional do Algarve (AIA) estava cheia de carros que seguiam em marcha lenta, à procura de um lugar para poder ver Miguel Oliveira despedir-se de sete anos de MotoGP.

Os mais audazes largaram os carros onde conseguiram e seguiam caminho a pé, agarrados às geleiras com camisolas, bonés e bandeiras a exibir o n.º 88, aquele que o primeiro português a competir na categoria rainha do Mundial de velocidade escolheu quando chegou à elite.

Nas bancadas acomodam-se cedo para não perder nenhum dos momentos que marcam a despedida, para já defendem os mais otimistas do MotoGP. A partir das 13 horas serão 25 voltas de 4,592 quilómetros cada na montanha russa de Portimão que promete emoções fortes para todos.

Aos 30 anos, Miguel Oliveira vai abraçar um novo projeto desportivo, no Mundial de Superbikes com a BMW. Antes disso, resta-lhe o dia de hoje - e o último Grande Prémio da temporada que se realizará em Valência, no próximo fim de semana para desfrutar.

 E, claro, tentar oferecer ao público e retribuir o carinho com o melhor resultado possível no Grande Prémio de Portugal, 21.ª corrida do Mundial de MotoGP, para o qual partirá do 19.º lugar na grelha de partida. Ontem, na na corrida 'sprint' fez 16.º. Hoje, sonha entrar nos pontos. Assim a Yamaha, colabore. E, com ele, sonham, os milhares que enchem o Autódromo.