Miguel Oliveira: «Somos muito grandes!»
Foi ao som de Xutos e Pontapés e do hino ‘Contentores’ que Miguel Oliveira subiu ao palco da fan zone para falar a centenas de pessoas que esperaram pacientemente, já noite fechada, para ver e ouvir o piloto português que vai deixar de competir no MotoGP no final deste ano.
«Vimos de um país pequeno mas somos muito grandes. Vejo imensas bandeiras portuguesas por todos os circuitos e isso diz muito sobre nós. Gostamos de estar lá para os nossos e serei sempre grato por isso, porque estiveram sempre durante o meu percurso que foi inesperado, nunca tinha acontecido. Não quero que todos gostem de mim, mas espero que muitos tenham passado a gostar mais deste desporto», disse o piloto de 30 anos, com um enorme sorriso e recordando que em março estará de volta ao Autódromo Internacional do Algarve (AIA), onde se realizará uma das etapas do Mundial de Superbikes, para onde vai transferir-se com as cores da BMW.
O brasileiro Diogo Moreira (Italtrans) até pode ter conquistado a pole position em Moto2, e ficar assim mais perto do sonho de se sagrar campeão do Mundo da única categoria que ainda não tem vencedor, e o italiano Alessandro Zaccone (Aruba Cloud) ter celebrado o título de campeão mundial de MotoE, campeonato para motas elétricas que foi suspenso, mas é Miguel Oliveira que todos procuram.
E o português tem retribuído, com autógrafos, sorrisos e uma quantidade de selfies capazes de deixar ciumento o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Just @alexmarquez73 and @37_pedroacosta pouring their heart out for #TissotSprint victory 😮💨 🔥#PortugueseGP 🇵🇹 pic.twitter.com/GyCfqZpf9P
— MotoGP™🏁 (@MotoGP) November 8, 2025
Amanhã, o dia promete ser de emoções fortes. Para o público que há 15 anos vê Miguel Oliveira no Mundial de velocidade e que, nos últimos sete anos, vibrou e aplaudiu a sua subida ao MotoGP, onde nenhum outro português competiu. Sai, de cabeça erguida, por certo, com 115 corridas disputadas em MotoGP, contando cinco triunfos (Estíria, Algarve, Catalunha, Indonésia e Tailândia), sete pódios e uma ‘pole position’, precisamente no ano da vitória em Portimão, em 2020.