Messi: «Quando ganhei o Mundial tive a mesma sensação de quando nasceram os meus filhos»

Internacional argentino perspetivou Campeonato do Mundo de 2026 e já pensa no final de carreira e no que poderá fazer a seguir

Lionel Messi marcou presença no American Business Forum (ABF), que reúne líderes políticos, empresários e desportistas em Miami. O avançado do Inter Miami recebeu a chave dourada da cidade, numa cerimónia em que também discursaram Donald Trump e Gianni Infantino, presidentes dos Estados Unidos e FIFA, respetivamente. 

O internacional argentino falou sobre as perspetivas para o Mundial 2026 e recordou a conquista da competição em 2022, no Qatar. 

«É difícil explicar como nos sentimos. Quando ganhei o Mundial tive a mesma sensação de quando nasceram os meus filhos», referiu, confessando que tem «as expectativas muito altas de que o Mundial 2026 vá ser algo extraordinário». 

«Haverá jogos muito bonitos. Vão participar equipas grandes de todas as partes do Mundo», acrescentou. 

Messi passou em revista a carreira e recordou a chegada muito jovem ao Barcelona e a passagem pelo PSG

«Foi difícil ir para Barcelona. Enfrentei situações complicadas, mas nunca duvidei de mim mesmo nem recuei. Sempre disse que Deus me deu um dom, que me escolheu, mesmo que eu tenha feito muitos sacrifícios ao longo do caminho. Aos 13 anos deixei tudo para trás e comecei uma nova vida. A minha mulher apareceu quando eu tinha 20 ou 21 anos. Nunca são fáceis as mudanças ou adaptações. Em Paris não estava bem, não me divertia. Era tudo novo para mim, muito diferente do que estava habituado. Mas, além disso, ficámos com as coisas positivas que vivemos em família e que nos ajudaram a continuar a crescer», admitiu, falando sobre a mudança para Miami. 

Messi no American Business Forum, em Miami

«Foi diferente, porque foi uma decisão em família. Significa muito, poder escolher onde queres estar. Faz com que tudo seja muito mais fácil. Desde que cheguei a esta cidade incrível, tudo foi espetacular. O carinho das pessoas desde o primeiro dia foi impressionante», comentou, abordando um possível fim de carreira. 

«O meu legado não é algo em que pense ou algo com que me preocupe ou imagine. Tento desfrutar do dia a dia. Estou agradecido por fazer o que amo desde que sou criança, sabendo também que o tempo passa. Então, atualmente desfruto também das pequenas coisas que, em jovem, não dava tanta importância. Quando me retirar, vou valorizar tudo o que fiz na minha carreira», desabafou. 

O atacante já pensa no que poderá fazer depois de pendurar as chuteiras. 

«Infelizmente, o futebol tem prazo de validade. Gosto de pensar no que posso fazer a seguir, por onde posso começar. O mundo dos negócios interessa-me, gosto. Gostaria de aprender, estou apenas a começar nisso. Desde que cheguei a Miami, aprendi muito mais sobre futebol americano, já acompanhava basquetebol, ténis e padel», rematou.