Liga propõe regresso de todos os clubes profissionais à 'sua' Taça
A direção executiva da Liga Portugal vai propor aos clubes, na cimeira de presidentes, o regresso de todos à Taça da Liga, depois de nos últimos dois anos esta ter sido disputada apenas pelos seis primeiros classificados da Liga 1 e os dois primeiros da Liga 2.
Os quadros competitivos constituem um dos pontos da agenda deste encontro, que decorre esta quinta-feira a partir das 10 horas na sede da Liga, Porto. A ideia da proposta é aproveitar as primeiras datas UEFA para os outros clubes competirem na Taça e voltarem a ter oportunidade de seguir em frente.
A centralização dos direitos televisivos constitui outro — porventura o principal — tema da reunião.
A Liga preparou, para apresentar aos 33 clubes, um modelo de chave de distribuição das receitas televisivas a obter a partir de 2028, ano em que a centralização terá de entrar em vigor. Mais do que os valores em si, que dependerão do mercado e serão negociados nos próximos dois anos, a prioridade é estabelecer, até junho de 2026, a forma de divisão dessas receitas.
Ao que A BOLA apurou, a Liga defenderá um modelo que tem em conta mais de duas dezenas de parâmetros para determinar o que cada clube receberá.
Estes parâmetros estarão balizados no âmbito de pilares como o desempenho desportivo, a dimensão social dos clubes, as performances no audiovisual e a qualidade do serviço dos estádios. Sendo certo que, do bolo total das receitas com os direitos, uma determinada percentagem será dividida por igual entre todos.
Qualquer decisão que resulte da reunião desta quinta terá de ser ratificada posteriormente em Assembleia Geral da Liga.
23 levam proposta
Os 15 clubes da Liga 2 (Sporting, Benfica e FC Porto têm equipas B mas só um assento no plenário) e oito clubes da Liga 1 reuniram-se quarta-feira, também na sede do organismo que tutela o futebol profissional português, para preparar o encontro desta quinta.
Sem a presença dos três grandes, do SC Braga, do Famalicão, do Moreirense, do Alverca, do Rio Ave, do Santa Clara, Arouca e do Tondela, os restantes 23 clubes, sabe A BOLA, vão propor a alocação de 90 por cento das receitas aos clubes da Liga 1 e 10 por cento aos da Liga 2. De cada montante, metade seria dividido equitativamente e outra metade mediante a ponderação de uma chave, que poderá ou não ser a proposta pela Liga, resultante (tal como os modelos competitivos) de trabalho desenvolvido de raiz pela atual direção executiva.