Líder que é líder nem no Mar se assusta (crónica)
O Marítimo fez jus ao estatuto de líder e, ao início da tarde deste domingo, não só venceu, como… convenceu. Os insulares golearam (4-1) o Leixões, em Matosinhos, numa partida referente à 15.ª jornada da Liga 2.
E se jogar no Estádio do Mar nunca é fácil para qualquer equipa, independentemente do momento por que passem os bebés, a verdade é que os madeirenses tornaram tudo simples. E para que o sucesso fique mais perto… nada melhor do que entrar a ganhar: aos três minutos, Carlos Daniel fez a assistência e Francisco Gomes atirou a contar.
A raça dos matosinhenses veio ao de cima pouco depois e ao cruzamento da esquerda de Simãozinho correspondeu Bryan Rochez com um cabeceamento certeiro a devolver a igualdade ao marcador.
Foi, porém, sol de (muito) pouca dura - até porque chuva foi o que não faltou ao longo de praticamente todo o jogo. Apenas um minuto e 24 segundos depois, a formação orientada por Miguel Moita (que continua invencível desde que sucedeu a Vítor Matos) voltou à vantagem. Raphael Guzzo fez um passe de rotura fantástico e Carlos Daniel, já na área, descaído para o flanco esquerdo, bateu o experiente Igor Stefanovic.
Os insulares (que vinham de cinco vitórias e um empate nas últimas seis jornadas) ficaram ainda mais confortáveis no desafio e foram gerindo todos os momentos. Do lado contrário foram surgindo algumas ameaças de reação, sendo que, numa delas, José Bica introduziu mesmo a bola no fundo da baliza à guarda de Samu. Porém, o jovem ponta de lança dos nortenhos estava em posição de fora de jogo aquando do passe de Bryan Rochez e o golo, claro, não valeu.
Não marcou o Leixões… voltou a marcar o Marítimo. Mas, neste caso, não foi um golo qualquer. Foi um verdadeiro golaço! Livre direto batido por Martin Tejón, junto ao bico direito da grande área dos de Matosinhos, com o camisola 10 dos madeirenses (formado no Valência e que na época passada contabilizou sete jogos pela equipa principal do emblema espanhol) a colocar a bola junto ao ângulo superior esquerdo da baliza contrária. Mas que obra de arte assinada pelo jovem criativo, de apenas 21 anos!
A dupla vantagem, percebeu-se, já seria suficiente para que os insulares voltassem à Pérola do Atlântico com (mais) três pontos na bagagem, mas a história do jogo ainda teve outro capítulo. Aos 63 minutos, Martin Tejón bateu um pontapé de canto do lado esquerdo e Bryan Rochez, em processo defensivo, teve a infelicidade de introduzir a bola na própria baliza. Até final, o Leixões ainda dispôs de várias situações de finalização, mas não mais os comandados de Carlos Fangueiro conseguiram voltar a ferir o adversário.
O Marítimo passa a somar 33 pontos e tem agora quatro de vantagem para o 2.º classificado, o Sporting B - que, como se sabe, não pode subir de divisão -, ainda que os jovens leões tenham menos dois jogos. Já o Leixões continua, para já, no 13.º lugar, com 16 pontos.