Cole Palmer, Phil Foden e Jude Bellingham (IMAGO)

Inglaterra ataca o Mundial 2026 com comprimidos de 70€

Aparelho digestível já foi introduzido por Thomas Tuchel, de forma a controlar a temperatura corporal dos atletas (que não têm de devolver os comprimidos)

Acertar na convocatória, aperfeiçoar a tática, fomentar o espírito de grupo e... dar comprimidos especiais aos futebolistas. Estes parecem ser alguns dos aspetos que a seleção de Inglaterra, treinada por Thomas Tuchel, vai utilizar para atacar o Mundial 2026. 

O The Telegraph informa que os comprimidos começaram a ser distribuídos no estágio atual da seleção, com o objetivo de aprofundar a análise da performance dos corpos dos atletas. 

O funcionamento tem três passos: conecta-se um tablet ao software do comprimido, definindo-se o período de medição; o comprimido é ativado pelo tablet; o jogador engole o comprimido e usa um smartwatch para registar os dados. 

Fazer bicicleta com 35.ºC 

Cole Palmer já experimentou a pulseira enquanto levou o corpo ao limite, sendo-lhe pedido para manter um ritmo elevado numa tenda térmica: «Foi difícil. Estavam 35º.C, 36º.C, dentro das tendas e tínhamos de chegar a um determinado nível na bicicleta e mantê-lo. Durante 45 minutos.» 

Cada comprimido destes custa 70€ e funcionam normalmente seis horas após a ingestão. Já são prática comum em desportos de resistência, mas só agora começam a ser introduzidos no futebol. 

«Os atletas não devem recuperar os comprimidos» 

O Dr. Lee Taylor trabalha na escola da ciência do desporto na Universidade de Loughborough e estuda os efeitos destes em atletas. Em declarações ao The Telegraph, explicou os benefícios em causa. 

«É uma tecnologia muito simples que já existe há bastante tempo. É muito precisa. Permite-nos armazenar mais dados do que os realmente necessários, pelo que podemos medir a temperatura corporal entre cinco e 30 segundos, e o tempo de descarga é muito rápido. Podemos obter uma medida da temperatura corporal central durante a atividade.» 

O médico afirma também que Inglaterra «vai fazer treino técnico e tático» com os comprimidos: «Imagino que estejam a levar os jogadores a uma determinada temperatura central, que parem de se exercitar e que, quando a temperatura central baixa, se exercitem um pouco mais.» 

Por fim, também ressalva: «Deixamos bem claro aos atletas que não devem recuperar os comprimidos.» 

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