Rogers e Bruno Fernandes provocaram duas dores de cabeça para Amorim (crónica)
O Aston Villa continua na série histórica e o Manchester United voltou ao caminho das derrotas. A equipa de Ruben Amorim, que contou com Bruno Fernandes e Diogo Dalot no onze inicial, saiu derrotada, este domingo, do terreno dos villans, por 1-2, em duelo da jornada 17 da Premier League.
A ficha de jogo mostrava, mais de uma hora antes do apito inicial, que Kobbie Mainoo estava fora das opções de Ruben Amorim para esta partida. Não se prendia com a questão da semana, o comentário do irmão do médio do Man. United, que usou uma camisola a dizer «Libertem o Kobbie Mainoo», mas sim devido a um problema físico contraído no treino do último sábado. Uma ausência que, mais que nunca, viria a sentir-se para os lados dos red devils.
Sem Casemiro, castigado por acumulação de cartões amarelos, Ugarte assumiu o lugar no meio-campo ao lado de Bruno Fernandes. Na frente, Matheus Cunha foi logo o primeiro a ameaçar, com um remate de meia distância que passou perto da baliza e que deu início a 8 minutos alucinantes: o Aston Villa reagiu e, em duas situações de transição rápida, esteve perto do remate letal, antes de, na sequência de um canto, Morgan Rogers desviar de calcanhar e fazer a bola passar a centímetros da baliza de Lammens.
O jogo estabilizou e o Manchester United mostrou-se superior durante o primeiro tempo. Teve mais bola, soube atacar a área adversária, com algumas incursões pelo centro e conseguiu conquistar as segundas bolas, uma das questões mais vezes destacadas por Amorim como algo a melhorar. Sesko ameaçou a baliza de Emiliano Martínez em duas ocasiões, Cunha voltou a rematar de longe com força e a pressão do Manchester United ia crescendo. Mas os últimos cinco minutos antes dos descontos foram de dores de cabeça para Amorim.
Perto do intervalo, Bruno Fernandes colocou a bola fora. Rapidamente se percebeu que a razão se prendia com um desconforto muscular que havia sentido segundos antes. Agarrou-se à perna, alongou e continuou em campo, mas com visíveis queixas. Um problema para o Manchester United que não veio só. O Aston Villa ainda não havia ameaçado após aquele desvio de calcanhar de Morgan Rogers, mas, aos 45', o inglês fez magia. Recebeu da esquerda e, perante a passividade de Yoro, cortou para o meio e rematou. Um disparo pleno de colocação que fez levantar o Villa Park depois de passar por Lammens. Estava inaugurado o marcador.
A reação não tardou. Três minutos depois, Dorgu tirou a bola a Matty Cash em cima da área adversária e Matheus Cunha não permitiu defesa a Emiliano Martínez, que regressou à baliza dos villans após lesão. Tudo empatado ao intervalo mas a dúvida subsistía: Bruno Fernandes estava apto? A resposta chegou no momento do regresso das equipas ao relvado. Lisandro Martínez ficou a aquecer, o Portuguese Magnífico, como é carinhosamente apelidado pelos adeptos do Man. United ficou no balneário. Sem Kobbie Mainoo e Casemiro, foi o central argentino a ocupar o lugar no meio-campo ao lado de Ugarte.
O Manchester United voltou a entrar com vontade de mandar no jogo, mas, aos 57', os protagonistas repetiram-se. Leny Yoro não se antecipou, permitiu a antecipação de Morgan Rogers na área e o inglês, com novo remate em arco, fez o 2-1. Nova explosão de alegria em Birmingham perante mais uma masterclass da grande figura do terceiro classificado da Premier League, que leva sete golos e três assistências nos últimos 12 jogos na Premier League.
O United tentou reagir e Matheus Cunha, o mais inconformado, ainda cabeceou ao lado, mas os muitos remates dos red devils — foram 15, mais três que o adversário — voltaram a não ser suficientes para a vitória. Os comandados de Ruben Amorim deram bons sinais no momento de reagir à perda de bola, mas voltaram a capitular nos momentos decisivos e, depos de quatro jogos sem perder, saíram sem pontos do Villa Park. O Aston Villa continua o momento histórico e já alcançou algo que não conseguia há 111 anos: 10 vitórias consecutivas.
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