Ian Cathro: «O apoio não vai em função do resultado, só do trabalho e do respeito»
Há uma semana, o Estoril celebrava com os seus adeptos uma vitória suada no Restelo, através de um golo decisivo a instantes do apito final, num clima de cumplicidade que Ian Cathro espera ver repetido frente ao Nacional, pela 9.ª jornada da Liga.
«Vai haver momentos em que a equipa está a fazer tudo o que pode, haverão algumas coisas contra e talvez não consigamos pontuar e esses são os momentos em que a equipa precisa de sentir essa ligação e, acho eu, esse apoio não vai em função do resultado, só em função do trabalho, do respeito e de tudo o que está a acontecer», assinala o técnico, na antevisão à partida.
«Ambas as partes querem a mesma coisa e estamos aqui para trabalhar nisso», assegurou Cathro, recordando momentos anteriores em que a cobrança do público é desejável e até tem efeitos construtivos.
«Acho que o futebol tem coisas em que não é sempre linear. Por exemplo, há momentos: quando na época passada estávamos a ganhar 2-0 em casa contra o Farense e falhámos, deixámos fugir essa vitória, esse é um momento, sim [para sentir cobrança da bancada]. Porque temos de sentir que ‘pá, isto não dá’ e é responsabilidade nossa, embora nesse jogo se tenha acabado por conseguir um ponto», lembrou.
Além da sintonia revelada com o público, a eliminatória frente ao Belenenses acentuou uma dúvida positiva: André Lacximicant marcou o golo do triunfo, assistido pelo companheiro e concorrente Yanis Begraoui, a quem ainda se junta Alejandro Marqués, já elogiado pelo seu treinador. Uma boa dor de cabeça que pesará na hora de escolher.
«Estamos a chegar mais perto de ter essas situações, o que é super positivo para nós, queremos ter essas dificuldades e é o trabalho diário e o empenho de cada um que terão a maior influência nessas decisões. Vou tentar ao máximo tomar algumas decisões para ajudar. O meu trabalho é muito claro, é procurar maneiras para ajudar os jogadores de uma forma individual e ajudar a continuar ao máximo o seu processo de crescimento. Precisamos de um pouco mais de estabilidade”, diagnosticou, por fim.