Gustavo (centenário) Sá: «Famalicão significa casa. Crescer com o clube orgulha-me muito»
Gustavo Sá comemorou, no passado sábado, 100 jogos com a camisola da equipa principal do Famalicão. O internacional sub-21 português foi, naturalmente, reconhecido pelo clube, com Miguel Ribeiro, presidente da SAD, a assinalar a efeméride por ocasião do encontro com o SC Braga.
Já com o rótulo de centenário consumado, o jovem médio-ofensivo, de apenas 21 anos, não escondeu o seu orgulho por ter alcançado tão importante marca, ainda para mais ao serviço de um emblema que tanto lhe diz.
«É um sensação muito boa e estou muito grato ao Famalicão por ter-me dado esta possibilidade e pela confiança que me tem dado ao longo de todos estes anos. Estou bastante orgulhoso e agradeço sinceramente ao Famalicão por ter-me permitido chegar aos 100 jogos. Tem sido um trajeto positivo. Além da formação, já é o meu quarto ano na equipa principal. Sei que estou num grande clube, que está a desenvolver-se cada vez mais e que está a tornar-me melhor jogador. Sempre pensei que ia chegar à equipa A. Nunca pensei no marco dos 100 jogos, mas quando fui começando a jogar com mais regularidade passei a pensar nisso. Cheguei aos 50 jogos contra o Benfica, lembro-me bem disso, e a partir daí pensei que o próximo passo seriam os 100 jogos, claro», começou por dizer, em declarações reproduzidas pelos meios de comunicação oficiais dos azuis e brancos do Minho.
Olhando para trás, Gustavo Sá recorda alguns episódios desta história bonita: «Um dos jogos que mais me ficou marcado foi um empate no Dragão, com dois golos do [Jhonder] Cádiz e em que eu fiz uma assistência. Estivemos a ganhar, mas não deixou de ser um bom resultado. No meu jogo 50 ganhámos ao Benfica, 2-0, e eu fiz uma assistência para o Puma [Rodríguez]. É um dos jogos que mais boas lembranças que traz, sem dúvida. Sinto que me tornei num jogador com uma polivalência grande, principalmente no meio-campo, e isso tornou-me melhor jogador.»
Ainda que o grande mérito de consumar este registo seja, naturalmente, seu, Gustavo Sá distribui os louros por todos quantos contribuiram para a sua caminhada de sucesso. Até porque, refere, representar o Vila Nova é estar no conforto do lar. «Tenho de agradecer ao Famalicão, aos treinadores da formação, e, claro, a todos os treinadores que tive na equipa principal, em especial ao mister Hugo Oliveira, que sinto que tem sido o treinador que me tem dado melhores feedbacks e condições para eu me desenvolver como jogador. Agradeço também à minha família, à minha namorada e ao meu agente por me terem apoiado sempre, assim como terem-me dado na cabeça quando assim foi preciso. O Famalicão para mim significa casa. Ter crescido com o clube é uma coisa que me orgulha muito», assume, sem rodeios.
A finalizar, o camisola 20 dos famalicenses deixa palavras de incentivo aos mais jovens: «Que sigam o seu sonho e que acreditem sempre. Percebam que estão num clube que lhes vai dar sempre as melhores condições e que os vai ajudar enquanto jogadores e pessoas. Sei, por experiência própria, que se acreditarem vão chegar lá.»
Na época em curso, Gustavo Sá soma 14 jogos e três golos, mas os números chegam a um patamar de excelência se olharmos ao conjunto das quatro épocas que o criativo contabiliza na elite do Famalicão: 100 jogos, 11 golos e 13 assistências. Em simultâneo, acrescente-se, o médio-ofensivo pode gabar-se de já ter 39 internacionalizações pelas seleções jovens de Portugal: sub-18 (9), sub-19 (12), sub-20 (4) e sub-21 (14).