Famalicão: o que dizem os números de Hugo Oliveira após um ano no cargo?

10 de dezembro de 2024. Neste dia, o Famalicão apresentava o novo treinador: Hugo Oliveira. À data, talvez alguns adeptos do clube minhoto tenham ficado surpreendidos. Afinal, o técnico, então com 45 anos, nunca tinha trabalhado a solo. Do seu (vasto) percurso constavam passagens por clubes de grande nomeada, bem como pela Federação Portuguesa de Futebol, mas sempre como treinador de guarda-redes ou como adjunto. Assim foi do Paredes ao Rebordosa, do Marco ao Gil Vicente, da UD Leiria ao Benfica, e, pelo meio, em várias seleções nacionais de Portugal. Mas também em terras de Sua Majestade houve marca registada: Hull City, Watford, Everton e Fulham. Ainda tão jovem e já com tanto para contar, pode dizer-se.

10 de dezembro de 2025. Neste dia, Hugo Oliveira completa um ano enquanto treinador do Famalicão. São 365 dias de mais felicidades do que tristezas, de mais vitórias do que derrotas, e de mais certezas do que incertezas. Porque Hugo Oliveira abraçou o desafio de alma e coração e, acima de tudo, encaixou na perfeição num projeto altamente sustentado e que tem tudo para continuar a crescer. Porque o Famalicão é, nos dias de hoje, um dos clubes com maior dinâmica no atual quadro do futebol português e que no horizonte tem sucesso escrito a letras garrafais.

Trazemos, por isso, à equação Miguel Ribeiro. O presidente da SAD dos famalicenses e que, no fundo, é o rosto de tudo aquilo que tem vindo a ser construído no clube nos últimos anos. Desde a Liga 2 à Liga.

E se outras escolhas de treinadores não foram tão bem-sucedidas quanto isso, a verdade é que Hugo Oliveira garantiu ao Famalicão uma regularidade a todos os títulos notável. Bons resultados, bom futebol e a constante aposta em jovens valores que além do rendimento desportivo prometem, no futuro, ter também retorno financeiro.

«O Hugo Oliveira está no sítio certo e esteve também à hora certa. Em que há muito mais tranquilidade e menos mutação no plantel. Balanço? Naturalmente, muito positivo. Sabíamos da ambição do Hugo em ser treinador e entendemos que quer a experiência, quer a vontade que tinha reuniam na mesma pessoa as ferramentas suficientes para fazer bem no Famalicão. Era um antigo adjunto, mas eles têm de começar por algum lado... Entendemos que estava absolutamente apetrechado e isso dava-nos muitas garantias de que estávamos a decidir bem», disse Miguel Ribeiro, dirigente máximo do emblema de Vila Nova, em recente entrevista exclusiva a A BOLA.

Relativamente a números, Hugo Oliveira contabiliza, nesta nova etapa da sua carreira, 36 jogos, 15 vitórias, 10 empates e 11 derrotas — 49 golos marcados e 37 sofridos.

Depois de na época passada o Famalicão ter terminado no 7.º lugar, com 47 pontos (Hugo Oliveira, que rendeu Armando Evangelista, pegou na equipa à 14.ª jornada, quando esta se encontrava no 8.º posto, com 18 pontos), na presente campanha os minhotos estão na 6.ª posição, com 20 pontos somados nas primeiras 14 rondas.

O toque de Hugo Oliveira é altamente visível e o técnico promete continuar a ser sopa no mel no notável projeto dos azuis e brancos de Vila Nova. Sempre com a Europa e a Taça de Portugal no horizonte...