Foi um prazer. Muito obrigado

Estou perto de terminar o meu percuso no melhor jornal de sempre, o meu, A BOLA

ESTE é o meu último Bairro Alto Fora de Horas e também um dos meus últimos textos de verdadeira autoria no jornal, por força da minha decisão de deixar A BOLA para abraçar uma carreira no mundo da edição literária.
Escrevo isto com dificuldade. Já apaguei frases parecidas com estas que agora aqui estão, que por alguma razão não me pareciam conter tudo o que queria dizer. Vou achar o mesmo destas quando as ler, já publicadas.
Agradeço a todos em A BOLA pelos anos de realização profissional, tanto quanto o pode fazer alguém que entrou nesta casa aos 19 anos e a vai deixar aos 41. Deixo um abraço especial - inquestionavelmente o maior de todos - aos meus companheiros de trabalho diário, de todas as seções, na esperança de um futuro sempre progressista e saudável.
Agradeço também aos leitores, aqui particularmente aos desta coluna , iniciada em 2009 e ininterrupta. É, entre os escritos por jornalistas que nunca integraram a direção ou foram chefes de redação, um dos espaços de opinião mais duradouros da história de A BOLA, algo que me orgulha e uma oportunidade que agradeço, esperando ter estado à altura.
Nestas paredes está metade da minha vida. Mais, até. Amigos, família. No papel, está o meu nome. É incrível a força duradoura de um jornal como este, a influência, a responsabilidade. A BOLA é A BOLA, foi assim que mo explicaram quando cheguei, ao final de  tarde, depois de sair da faculdade.
Vou-me embora sabendo que um dia, como acontece nestas coisas, terei saudades de A BOLA; mas também com uma certeza que, talvez iludindo-me, me permito, a de que A BOLA, lá no fundo, também vai ter saudades minhas. Foi um prazer, muito obrigado.