«Fernando Seara ficou mal na fotografia, não serviu o Benfica»

— Como classifica a saída de Fernando Seara da presidência da MAG em plena assembleia geral?

— Eu estava presente e, honestamente, ainda hoje estou para saber o porquê dessa demissão. Terá as suas razões, mas nunca foram explicadas publicamente. Está no seu direito, mas foi surpreendente. Naquele exato momento não aconteceu rigorosamente nada que justificasse, na minha opinião, uma atitude daquelas. Com todo o respeito pelo professor Fernando Seara, aquele ato não serviu o Benfica, estávamos a meio de uma assembleia geral histórica, foi a primeira da revisão estatutária. E aquele momento teve tudo para deitar abaixo todo aquele processo, mas, felizmente, e graças ao doutor Pereira da Costa, isso não sucedeu. A todos os sócios. Tiveram maturidade para prosseguir com os trabalhos de uma forma muito serena, mas muito participada, e terminou com uma salva de palmas a todos os que estavam presentes. O professor Fernando Seara fica muito mal na fotografia naquele momento. Penso que deveria ter explicado aos sócios o porquê da sua decisão. Mas lá está. Quando não se tem uma legitimidade própria… ele foi eleito na lista do presidente Rui Costa. E quando assim é, às vezes parece que é muito fácil deitar todas as dificuldades para cima do presidente da Direção. Se tivesse sido eleito diretamente, como agora as novas regras permitem, provavelmente não o teria feito. Felizmente acabou por correr tudo bem para o Benfica.

— Sente-se confiante em relação ao futuro do Benfica?

— Muito, a alma benfiquista não desiste. Obviamente, temos momentos de maior desalento, de maior tristeza, mas faz parte da paixão clubística. Este momento que estamos agora a viver, do período eleitoral, demonstra que ainda existe enorme vitalidade, com vários candidatos e outros que eventualmente ainda venham a surgir. É sinal de que o clube tem um enorme futuro à sua frente, mas cabe aos sócios saber usá-lo e aproveitá-lo da melhor forma e no caminho certo.