Famalicão: ex-Sporting voltou a pintar a manta e fez lembrar o... Dragão
É lateral-esquerdo, razão pela qual não tem o hábito de aparecer em zonas de finalização, mas nem isso o impede de tentar a sua sorte assim que sinta um... chamamento.
Pedro Bondo tem tido concorrência de peso no Famalicão, uma vez que Rafa Soares é um nome bastante relevante no atual enquadramento dos minhotos, mas a verdade é que sempre que é chamado à ação o internacional angolano gosta de deixar a sua marca.
Além das competências defensivas que possui — ainda que bastante jovem (21 anos) sabe bem os terrenos que pisa, tem bom sentido posicional (também a fechar por dentro, quando o jogo está a desenrolar-se no flanco contrário) —, Bondo raramente pede licença para subir pelo corredor e sempre que a equipa está em posse arranca pela esquerda para aumentar as opções de ataque. O esquerdino (que na época 2023/2024 jogou na equipa B do Sporting) beneficia, ainda, da potência física de que é detentor para, com passada larga, recuperar rapidamente posição, dado extremamente relevante e que ajuda sobremaneira a que não seja apanhado desprevenido nas transições defensivas.
Mas o Palanca parece estar a especializar-se em golos... monumentais. Sempre que fatura pelo Famalicão, fá-lo com elevada nota artística. Ontem, na Amoreira, o camisola 28 puxou a culatra atrás e disparou um autêntico míssil que só parou no fundo das redes da baliza do Estoril.
Foi a estreia a marcar do angolano na presente temporada, mas a qualidade do momento fez lembrar o seu primeiro golo ao serviço dos minhotos, apontado na época passada, no reduto do FC Porto: a 18 de abril, o canhoto atirou do meio da rua e bateu Diogo Costa.
Com ou sem candidatura ao prémio Puskás, Pedro Bondo vai pintando verdadeiras obras de arte.