Ex-Benfica já é ídolo em Sevilha: «Sinto-me bem por voltar a ter minutos»
Desde que saiu do Benfica, Odysseas Vlachodimos não tem sido figura incontestável entre os postes, somando passagens no Nottingham Forest e no Newcastle, mas isso mudou quando chegou a Sevilha, no início desta temporada. O guarda-redes grego foi emprestado pelos magpies ao emblema espanhol e, apesar de alguns problemas na sua inscrição na LaLiga, rapidamente ganhou a titularidade.
«[Está a correr] muito bem, muito bem. Desde o primeiro dia, a minha família e eu sentimos que é o que há muito tempo procurávamos como lar. E no clube? Tão bem ou melhor ainda. Sinto-me bem por voltar a ter minutos e sentir-me guarda-redes. Sinto-me bem por ser importante para a equipa e isso faz com que queira dar o meu melhor nos treinos e, especialmente, nos jogos», começou por dizer o atleta de 31 anos, em entrevista ao As, falando sobre esse problema no início da sua nova aventura.
«Não [tive dúvidas], porque conheço as pessoas que me trouxeram para Sevilha, elas explicaram-me e é normal que haja equipas com problemas para inscrever as suas contratações no início. Depois tive de conquistar o lugar e isso é normal, mas vim para cá com a ambição de jogar muito e ser importante para a equipa, por isso, neste momento, sinto-me muito feliz com o andamento das coisas», explicou, admitindo que sabe muito bem ser novamente apreciado pelos adeptos.
«Em primeiro lugar, é bom ouvir que as pessoas reconhecem o seu trabalho como guarda-redes, o que nem sempre é normal. E isso, claro, deixa-nos muito felizes. Por outro lado, como disse antes, estou aqui para dar o meu melhor todos os dias, porque no final das contas é o meu trabalho. O objetivo mais importante é manter a minha baliza inviolada e cada semana é um novo desafio. É isso que tento fazer. Jogamos como uma equipa. Não é apenas um jogador, é toda a equipa. Se mantivermos a baliza inviolada, quase sempre conseguimos vencer nesta temporada e é isso que temos de continuar a tentar alcançar», afirmou, admitindo que gostava de continuar em Espanha para além desta temporada.
«Sim, é possível. O facto é que estou aqui emprestado. Como disse antes, a minha família e eu sentimo-nos muito bem aqui, mas o futebol é um negócio diário. Nunca se sabe o que vai acontecer no verão. Tenho um contrato com o Newcastle e não sei o que vai acontecer no verão, mas no Sevilha sinto-me feliz», garantiu, colocando o foco no próximo jogo com o Real Madrid.
«Enfrentar o Real Madrid no Santiago Bernabéu é algo que todos os jogadores querem fazer uma vez na vida. É algo bom de se fazer, de se ver, de se jogar, de se desfrutar. E é isso que vamos tentar fazer neste jogo, seguindo o plano do nosso treinador para tentar evitar erros, jogar um bom jogo e tirar algo positivo», disse, sendo confrontado com a possibilidade de Mbappé quebrar um recorde de Cristiano Ronaldo contra si, o francês que celebra 27 anos este sábado.
«O meu trabalho é impedir que o Sevilha sofra golos, mas é o mesmo trabalho em todos os jogos, não muda por ser contra o Real Madrid ou porque Mbappé pode quebrar um recorde. Se temos hipóteses? Claro, todos sabemos da qualidade do Real Madrid e da dificuldade, mas a nossa mentalidade é entrar bem, fazer um bom jogo e, no final, ver o que diz o marcador», explicou, elogiando Courtois, quem já defrontou no Benfica.
«Não costumo imaginar os jogos e, neste caso, fizemos o mesmo processo. Talvez o que mude é que é o último jogo de 2025 e queremos terminar com alegria. Mas vamos com a mesma atitude e as mesmas regras de sempre. Acho que Courtois é um guarda-redes muito bom, já o acompanhei algumas vezes e ele é muito bom. Quando eu estava no Benfica e jogávamos a Champions, eu acompanhava-o bastante. Ele demonstrou muitas vezes o seu alto nível em todos os torneios que disputou», finalizou.