Estrela da Amadora: estreias... amargas

Estreias... amargas. Assim pode definir-se a noite de ontem para três jogadores e também para o treinador do Estrela da Amadora.

O emblema tricolores perdeu na receção ao Rio Ave (1-2), numa partida referente à 9.ª jornada da Liga, disputada ontem à noite, na Reboleira, pelo que nem o golo de Paulo Moreira valeu aos estrelistas. E o tento do médio foi o seu primeiro na presente edição do campeonato.

À passagem do minuto 28, o antigo internacional sub-16 e sub-17 por Portugal rematou cruzado, de pé esquerdo, sendo que nesse momento os amadorenses colocavam-se em vantagem na receção aos vila-condenses. Foi, ainda assim, sol de pouca dura, uma vez que os nortenhos virariam o jogo na etapa complementar. Para os registos individuais de Paulo Moreira ficou, então, a sua estreia a marcar esta época. Neste capítulo, o camisola 19 já igualou o seu registo da época passada, estando ainda a dois tentos da melhor marca da carreira, alcançada em 2023/2024, ao serviço do Varzim: três golos (e duas assistências) em 25 encontros pelos poveiros.

Quem também passou por uma ocasião especial, ontem, foi Oumar Ngom. O jovem médio, de apenas 21 anos, participou no seu quarto jogo com a camisola do Estrela, mas debutou enquanto titular. Até ao momento, o internacional A pela Mauritânia (13 partidas) tinha sido suplente utilizado nos embates frente a Tondela (6.ª jornada), Aves SAD (7.ª, em que foi expulso), bem como diante do Alpendorada, para a 3.ª eliminatória da Taça de Portugal e cuja derrota (1-3) atirou os estrelistas para fora da prova rainha.

E como não há duas sem três... Otávio Fernandes. Aos 19 anos, o defesa-central brasileiro beneficiou da ausência de Bernardo Schappo (devido a lesão) para fazer a estreia absoluta na equipa principal do Estrela da Amadora. Otávio fez companhia a Luan Patrick e Atanas Chernev no eixo da intermediária, e, na verdade, teve uma atuação regular, uma vez que não comprometeu. Depois de ter terminado a formação no Botafogo, o canarinho rumou ao Estrela da Amadora na época passada, tendo jogado pelas equipas C e B dos tricolores, bem como pelos sub-23 (esta temporada já contabiliza sete jogos neste escalão, na Liga Revelação). Ontem chegou a sua hora na elite e Otávio promete continuar a lutar por uma vaga no topo da pirâmide dos amadorenses.

Finalmente, o duelo com o Rio Ave também ficou marcado pela primeira presença de João Nuno no banco do Estrela da Amadora em jogos realizados no Estádio José Gomes. O técnico, recrutado ao Belenenses para suceder a José Faria (pelo meio, Luís Silva, que se mantém na estrutura, como adjuntou, fez a transição e orientou dois encontros), tinha liderado os tricolores na deslocação aos redutos do Gil Vicente (0-2), para a Liga, e do Alpendorada (1-3), para a Taça de Portugal, pelo que na noite de ontem sentiu o pulso à Reboleira. O resultado frente aos rioavistas (1-2) não foi, claro está, o melhor, mas João Nuno teve a oportunidade de sentir o carinho dos adeptos. A exibição do Estrela da Amadora foi agradável, especialmente na primeira parte, período em que a equipa apresentou um nível bastante superior ao que tinha acontecido nos últimos encontros, pelo que a indefetível massa associativa dos amadorenses tem esperança na retoma.

O Estrela da Amadora, refira-se, voltará a entrar em campo no próximo sábado (18h), no Estádio Municipal de Rio Maior, palco do duelo com o Casa Pia, relativo à 10.ª jornada do campeonato.

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