Estoril: Guitane estreia-se por seleção ‘sui generis’ e mostra-se a interessados
Enquanto o Estoril dava por terminada a sua semana de trabalho com uma sessão de trabalho realizada no Estádio António Coimbra da Mota – nota para o seu excelente escoamento, visto que 24 horas antes o relvado estava… alagado - , no norte de África estava Rafik Guitane a cumprir um objetivo que há um ano e meio aguardava para concretizar.
Esta tarde, o criativo dos canarinhos tornou-se internacional A pela Argélia, muito embora não tenha jogado pela seleção principal que, de resto, até havia competido na véspera, frente ao Zimbabué, no… Qatar. Confuso? Passemos, então, a explicar: Guitane representou a equipa denominada por Argélia A, que tem regras próprias e um selecionador distinto do principal.
Com efeito, o camisola 99 dos canarinhos defrontou o Egito, no Cairo (derrota por 3-2), tendo disputado os últimos 30 minutos, num jogo de preparação desta equipa nacional argelina que prepara a sua participação na Taça das Nações Árabes, já no próximo mês e habitualmente apenas convoca jogadores que atuam no continente africano, à margem da seleção principal. Por essa razão, é orientada não por Vladimir Petkovic, o selecionador A, mas sim pelo antigo internacional Madjid Bougherra.
Excecionalmente, e pelo facto de a Taça Árabe das Nações ser uma competição FIFA, a Argélia A (que na prática será uma seleção B) pode convocar jogadores que militam fora do continente africano, o que permitiu um espaço propício à estreia de Rafik Guitane e, quem sabe, a participação numa competição internacional em breve.
De resto, ao competir pela seleção nacional… local, o craque estorilista mostrou-se a vários dos pretendentes pela sua contratação, que equacionam avançar já em janeiro – o Mouloudia d’Alger, líder da liga argelina e, curiosamente, o clube do coração do jogador, monitoriza a sua situação tal como o Al Ahly, atual campeão egípcio, que no último verão já sondou condições para um eventual negócio e recuou, em função dos valores exigidos pelo Estoril, vistos como proibitivos.