Elfyn Evans (Hyundai i20), primeiro líder do Rali de Portugal 2025

Elfyn Evans vence Superespecial da Figueira da Foz

Britânico da Toyota foi 0,2 segundos mais rápido do que Sébastien Ogier (Toyota) e Ott Tanak (Hyundai) e é o primeiro líder da prova

Elfyn Evans venceu a Superespecial de abertura da edição de 2025 do Rali de Portugal, na Figueira da Foz, esta quinta-feira, e é o primeiro líder da competição.

O piloto britânico, em Toyota GR Yaris, foi o mais rápido no circuito urbano, em asfalto, de 2,94 quilómetros de extensão, registando o tempo de 2.18,1 minutos, menos 0,2 segundos do que o companheiro de equipa francês, Sébastien Ogier (2.18,3) e do que o estónio Ott Tanak, em Hyundai i20 N, segundo e terceiro, respetivamente.

Ainda dentro do mesmo segundo do vencedor ficaram o francês Adrien Fourmaux, em Hyundai i20 N (mais 0,4 s), na quarta posição, e o campeão mundial em título, o belga Thierry Neuville, também num carro da equipa sul-coreana (+0,6 s).

Na condição de líder do campeonato, Elfyn Evans será o primeiro piloto a sair para a estrada na sexta-feira, dia da primeira etapa que inclui 10 troços cronometrados, o que pode impor dificuldade adicional ao galês.

«Amanhã [sexta-feira] vamos descobrir. Vai ser um dia duro. Vamos tentar aproveitar o rali. Abrir a pista não será a minha especialidade», comentou Evans no final da Superespecial figueirense, em que os primeiros 12 classificados bateram o tempo realizado em 2025 no mesmo circuito (2.24,20 minutos).

Este ano, os carros de Rally1, a categoria principal, deixaram de dispor de sistema híbrido que permitia ao motor debitar até mais 100 cv extras, mas que também os tornava mais pesados do que os atuais.

Outra alteração este ano é a de os pilotos poderem trocar de pneus depois da Superespecial. «Este ano pudemos ser mais rápidos, pois trocaremos de pneus e não precisámos de os poupar como em 2024», realçou o estónio Ott Tanak (Hyundai i20), que fechou o pódio desta curta classificativa-espetáculo.

No entanto, há outra questão que causa apreensão a alguns pilotos: a madrugadora e longa primeira etapa, sexta-feira, em que se prevê mais de 13 horas em competição.

«Vai ser precisa muita energia, vai ser um dia longo. Temos de estar acordados logo cedo, a primeira especial é às 07h35. E depois serão 13 horas dentro do carro», afirmou Sébastien Ogier sobre o dia que será o mais comprido do Mundial após quatro ralis já disputados, incluindo 10 especiais e um total de 146,48 quilómetros cronometrados.

Também o companheiro de equipa do octacampeão mundial na Toyota, Kalle Rovanpera, antevê dificuldades para estar desperto ao volante do seu Yaris. «Vai ser um grande desafio. Vai ser um dia longo. Tenho o meu despertador para as 5h00 da manhã. Não estou muito satisfeito com isso», comentou o finlandês, campeão mundial em 2022 e 2023, o sexto mais rápido na Superespecial, a 1,3 segundos de Elfyn Evans.

O norte-irlandês Kris Meeke, em Toyota GR Yaris, foi o piloto mais bem classificado do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR), na 11.ª posição, a 5,5 segundos de Elfyn Evans, e 1,1 segundos mais rápido do que o espanhol Dani Sordo (Hyundai i20 N), segundo entre os concorrentes do CPR.

O melhor piloto português neste prólogo do rali foi José Pedro Fontes, em Citroën C3, com mais 11,5 segundos do que o vencedor, na 30.ª posição.