Eléctrico ainda 'deu choque’, mas Benfica sorriu e já lidera isolado

Foi preciso sofrer, mas valeu a pena para o Benfica, que só no final prevaleceu perante o Eléctrico, penúltimo classificado com apenas uma vitória em oito jornadas, mas que deu água pela barba aos encarnados, saiu em vantagem e até desperdiçou boas situações, entre as quais uma grande penalidade, que na altura valeriam o 3-1 aos locais.

Em esforço e com dois golos nos minutos finais a águia venceu por 4-2 e passou a liderar de forma isolada visto que, à mesma hora, os Leões de Porto Salvo, que partilhavam o topo da classificação, foram surpreendidos em casa pelo Rio Ave.

O Benfica terminou com um sorriso e o começo foi também promissor para os encarnados, que dispuseram de três boas oportunidades, porém todas elas travadas pelo guarda-redes Diogo Basílio até que aos sete minutos este nada pôde fazer perante um livre bem estudado entre Diego Nunes e Arthur, o autor de um remate potente e indefensável.

A resposta do Eléctrico seria, no entanto, imediata e ainda dentro do mesmo minuto Renato Almeida igualou para os locais no seguimento de um canto batido por Thiaguinho.

A equipa local motivou-se e, quatro minutos volvidos, alcançava a reviravolta, tirando proveito de uma ação de 5x4 com erro direto do guarda-redes benfiquista, Léo Gugiel, que na tentativa de rematar deixou-se desarmar por Simi Saiotti, que atirou para a baliza deserta.

Tudo corria pelo melhor aos comandados de Jorge Monteiro, que no minuto seguinte dispuseram de um penálti, porém Thiaguinho permitiu a defesa de Diogo Carrera (que entrou para defender o castigo máximo e teve êxito) e, a segundos do intervalo Henrique Vicente isolou-se perante Gugiel, que correspondeu com excelente defesa.

A equipa da casa desperdiçou duas excelentes ocasiões para chegar ao terceiro golo e, na segunda parte, a águia entrou destemida, ferida pela ousadia do adversário e liderada por Kutchy, que desaproveitou uma primeira situação aos 23’ mas não desperdiçou aos 26’, quando Higor aproveitou um erro na saída de bola adversária e serviu o internacional português para o empate.

Apesar do erro cometido, o Eléctrico não se desfez na sua organização e o empate foi persistindo até aos minutos finais, em que a persistência dos encarnados teve frutos, aos 38’, com alguma fortuna.

Pany Varela colocou o Benfica na frente com um remate de fora da área que desviou entre uma floresta de pernas que se colocavam por diante da baliza do conjunto de Ponte de Sor, que arriscou no 5x4 de forma a resgatar um ponto e acabou castigado pela eficiência das águias num livre de André Coelho que, tal como o golo anterior, conheceu um desvio favorável à sua trajetória e confirmou o 4-2 e um suspiro de alívio para Cassiano Klein e seus pupilos.