Diretor da Fiorentina sobre o penálti do Milan: «Foi uma cena grotesca e escandalosa»
O diretor desportivo da Fiorentina, Daniele Pradé, mostrou-se furioso com o penálti que ditou a derrota da sua equipa por 1-2 na visita ao Milan. Nos minutos finais do encontro, o avançado dos «rossoneri», Santiago Giménez, caiu de forma teatral no relvado após uma abordagem do defesa «viola» Fabiano Parisi. Após revisão do VAR, o árbitro principal Livio Marinelli decidiu assinalar a marca de grande penalidade, de onde Rafael Leão marcou o golo da vitória para os anfitriões.
«Penso que o VAR deveria alertar o árbitro principal para um erro óbvio, e aí falharam gravemente. Livio Marinelli não teve a coragem de manter a sua decisão de não assinalar penálti. Não consigo descrever o que sentimos. Jogamos pela vida ou pela morte, e temos de perceber que algo assim não pode ser permitido. É escandaloso. Ele esteve 20 minutos no chão e nem sequer foi tocado. É quase grotesco e não é um bom exemplo. A Fiorentina fez um jogo excelente e com garra, e definitivamente não merecia perder desta forma. O jogador deles caiu de uma maneira espantosa.»
«Pouco antes, houve uma falta sobre Luca Ranieri, que poderia ter resultado num cartão vermelho, mas em vez disso foi mostrado apenas um amarelo. O nosso jogador teve de receber assistência médica, e sofremos um golo com 10 homens em campo. Estamos desiludidos, porque a nossa posição na tabela é má, e não esperávamos isso, não somos uma equipa assim. Foi uma cena nojenta, um penálti escandaloso. Que cena deveria Ranieri ter feito na falta de Youssouf Fofana? Um penálti realmente escandaloso. É escandaloso também que o VAR tenha chamado o árbitro, quando isso só deveria acontecer em caso de erro óbvio na área. A equipa deu tudo de si. Estamos amargurados, desiludidos e furiosos», comentou Pradé depois do encontro.
O dirigente foi também categórico ao afirmar que o treinador Stefano Pioli não deveria ser despedido, apesar de a Fiorentina continuar sem uma vitória no campeonato desde o início da temporada. Em vez disso, Pradè admitiu que ele próprio merecia mais ser afastado do cargo. “Se alguém nos pode tirar desta situação, é apenas Pioli. Tudo o resto é culpa minha. As únicas críticas devem ser dirigidas a mim, depois de os proprietários me terem dado mais de 90 milhões de euros para transferências. O que acontece em campo é consequência da nossa situação. O nosso estádio está em péssimo estado, e também temos três jogos fora de casa.”
«A temporada é estranha, mas é apenas o começo. Podemos fazer muito, pois jogamos em duas competições. Lamento pelo presidente e pelos adeptos. Se alguém tem fé em nós, é Pioli. Se alguém deve ser despedido hoje, sou eu. Demissão? Enquanto estou exaltado, só consigo dizer disparates. Já salientei que, se alguém deve ser despedido, sou eu. As críticas são justas, porque, dados os nossos gastos, a equipa não pode estar nesta posição, e a culpa é do diretor desportivo», explicou.