O passado desta dupla que se deverá cruzar em Náoles têm muitos pontos em comum

Diomande vs. Hojlund: vem aí um duelo de gigantes (com tanto em comum...)

Central costa-marfinense 'reservado' para travar Hojlund, possante ponta de lança dinamarquês. Muitas semelhanças na estatura, idade, percurso e até em... Ruben Amorim que 'descobriu' um e 'dispensou' outro. Mas há muito mais...

Diomande está recuperado e vai a jogo em Nápoles. 52 dias após a última aparição com a camisola leonina — jogo de estreia do campeonato, com o Casa Pia — o central costa-marfinense recebeu luz verde do departamento médico depois de debelar uma lesão muscular na coxa direita. Boas notícias para Rui Borges, que se prepara para fazer regressar o patrão da defesa. Na melhor altura, no maior palco de todos: a Champions.

Num jogo de exigência máxima, diante do campeão italiano, Diomande é visto por Rui Borges como uma peça determinante, pela capacidade física, características diferentes de Gonçalo Inácio, Debast ou Eduardo Quaresma, e também por ser um jogador que, por norma, se agiganta nas partidas de maior grau de dificuldade, como, de resto, já mostrou no percurso europeu dos leões.

Diomande e Hojlund é um dos duelos mais esperados na partida em Itália

Apesar já ter recebido alta médica há cerca de uma semana (acabou por não ser opção diante do Estoril, de forma a estar nas melhores condições para esta partida em Itália) foi reservado para aquele que se avizinha como um duelo de gigantes: Diomande vs. Hojlund.

Um dos muitos confrontos esperados na partida de amanhã. Entre dois jogadores que, curiosamente, apresentam muitas... semelhanças. Um é central, outro é ponta de lança, pelo que vão esgrimir forças e bater de frente em muitas ocasiões, e há muitos outros pontos que se cruzam. São ambos muito jovens, com um ano de diferença — Diomande tem 21 e Hojlund 22 —, a mesma estatura (1,91 metros), peso semelhante — o leão 88 quilos e o avançado 86 — e ambos, curiosamente, nasceram no futebol dinamarquês. O costa-marfinense, como sabemos, foi descoberto (e comprado...) pelos leões no Midtjylland (após um curto empréstimo ao Mafra), enquanto Hojlund começou a dar nas vistas no Copenhaga antes de se mudar para os austríacos do Sturm Graz.

O percurso destes dois jogadores também se cruzou com Ruben Amorim

Ruben Amorim lançou, Ruben Amorim dispensou...

Bastou uma temporada no emblema austríaco para despertar a atenção da Atalanta, na qual acabaria por se afirmar. Custou aos italianos €21 milhões e uma época depois (10 golos em 34 jogos), em 2023/2024, transformou-se numa das maiores transferências de sempre no futebol europeu numa saída para o Man. United, por impressionantes €78 milhões. Em Inglaterra sentiu dificuldades e acabaria por ser dispensado por... Ruben Amorim (o mesmo que lançou... Diomande nos leões), regressando a Itália, no caso para o Nápoles.

A lesão grave de Lukaku abriu-lhe as portas da titularidade e o dinamarquês aproveitou a oportunidade, conquistando cada vez mais espaço no conjunto transalpino. Peça importante para Antonio Conte, com um golo em quatro jogos, Hojlund procura recuperar o ímpeto ganho em Itália aquando da afirmação na Atalanta. O Sporting será, assim, um importante teste para ele. Mas, para brilhar, terá de ultrapassar um obstáculo, também ele poderoso, como Diomande.

E só mesmo um retrocesso nas próximas horas na condição física afastará Diomande da partida de amanhã em Itália. O central tem sido vigiado de perto e, para já, os sinais são positivos. Diomande vai integrar a comitiva que hoje segue para Nápoles e deverá mesmo ter reentrada direta no onze. O que, a confirmar-se, deverá relegar Zeno Debast para o banco de suplentes. Diomande formará, assim, dupla com Gonçalo Inácio, os dois mais rodados (e rotinados) na posição e terão a missão de travar a armada ofensiva italiana.

Rui Borges quer ser o primeiro treinador do Sporting a ganhar em solo italiano - Foto: SPORTING CP

Acabar com a 'maldição' italiana: 38 jogos... seis vitórias

Se o Sporting conseguir ganhar quarta-feira em Nápoles escreverá página inédita na centenária história, pois assinará a primeira vitória em solo transalpino em provas europeias. Uma espécie de maldição italiana que Rui Borges tentará travar no Estádio Diego Armando Maradona.

E se olharmos para o quadro geral, dentro e fora de portas, o cenário também não é muito animador. O jogo de amanhã será o 38.º confronto diante de adversários italianos e os números são esclarecedores: 16 empates, 16 derrotas e apenas seis vitórias, todas elas em Alvalade. E no percurso dos leões foram dez os clubes italianos com os quais já mediu forças. Começando pelo Nápoles, mas também Juventus, Atalanta, Inter, Florentina, Bolonha, Lazio, Udinese, Roma e Milan. Muitas oportunidades para se quebrar um enguiço que teima em manter-se. Rui Borges tem a sua primeira oportunidade...