Deschamps sai em defesa de jogador: «É inaceitável o que aconteceu»

Adrien Rabiot foi alvo de uma receção incrivelmente hostil por parte do público do Parque dos Príncipes na noite de terça-feira. Lançado por necessidade na segunda parte, após a expulsão de Aurélien Tchouaméni, o antigo médio do Marselha, que traiu o PSG, tornou-se o inimigo público número um para os adeptos parisienses.

A França venceu a Islândia por 2-1 no Parque dos Príncipes. Contudo, não foi o resultado nem o desempenho dos Bleus o tema principal, mas sim o comportamento dos adeptos para com um dos jogadores da sua seleção.

Adrien Rabiot não escapou um único instante ao tratamento abertamente hostil a que foi submetido pelos adeptos, em maioria do PSG. Cada receção, cada passe ou toque na bola era punido com assobios e vaias muito sonoras.

A incrível hostilidade, no entanto, não afetou muito o novo médio do Milan, que acabou por ajudar a França a resistir aos ataques islandeses, que procuravam o empate.

A França deu a volta ao resultado de 0-1, com golos de Mbappé, de penálti, e de Barcola, após assistência do mesmo Kylian, num contra-ataque.

Rabiot jogou porque os Bleus ficaram em inferioridade numérica a partir do minuto 68, depois de Tchouaméni ter visto o cartão vermelho direto por uma entrada brutal a visar a tíbia de Andri Gudjohnsen.

Na conferência de imprensa, Didier Deschamps revoltou-se com a atitude do público. «É inaceitável o que aconteceu hoje!»

«É um jogador da seleção francesa que veste esta camisola. A carreira dele no clube não me diz respeito, mesmo que o Adri seja suficientemente forte!», queixou-se o selecionador.

Rabiot foi várias vezes manchete dos jornais ao longo da carreira, por diversos motivos. No mês passado, foi colocado na lista de transferências do Marselha, juntamente com Jonathan Rowe, por um comportamento considerado inaceitável no balneário, após a derrota frente ao Rennes.

Rabiot agrediu um colega no balneário até o deixar inconsciente, e o clube excluiu-o do plantel, levando Adrien a deixar a Ligue 1. A 1 de setembro, regressou à Serie A, assinando um contrato de três anos com o Milan.