Chelsea em contrarrelógio: quer alcançar os €400M... em seis dias
Não é um filme de Hollywood nem tem Tom Cruise como protagonista, mas em Stamford Bridge fala-se de uma verdadeira missão impossível. Faltam apenas seis dias para o fecho do mercado em Inglaterra e Enzo Maresca quer resolver o excesso de jogadores no plantel do Chelsea e, ao mesmo tempo, garantir 400 milhões de euros em vendas. O plano está traçado. Falta perceber se é de execução perfeita ou apenas uma ilusão.
Se o olhar se pousar apenas nas entradas, o mercado dos blues roça a nota máxima. João Pedro, Delap, Estêvão, Hato, Dário Essugo - contratado ao Sporting, por 22 milhões -, Gittens… jovens de enorme talento, capazes de render já e de prometer futuro. Ainda por cima, fala-se que Xavi Simons e Alejandro Garnacho deverão estar a caminho.
Mas nas saídas a história é bem diferente. Já houve 16 despedidas neste verão, mas tendo em conta as oito aquisições (com mais duas prestes a fechar), a balança continua desequilibrada. O tempo aperta, as propostas não abundam e a posição fragilizada do Chelsea, com toda a gente a saber que precisa vender, complica a negociação.
Ao que tudo indica, Chukwuemeka e Anselmino são os próximos a sair, ambos com destino a Dortmund: o primeiro rende 20 milhões ao clube e o segundo vai ser emprestado. Na lista de dispensáveis estão ainda alguns nomes de peso: Nicolas Jackson, Disasi, Chilwell, Sterling ou Nkunku não entram nos planos de Maresca. Têm mercado, sobretudo em Inglaterra, mas os valores pedidos e os salários astronómicos tornam tudo mais difícil.
Jackson interessa a clubes da Premier e de Itália, mas o Chelsea pede 90 milhões - número que dificilmente será alcançado. Nkunku pode regressar à Bundesliga, com o Bayern a pensar numa cedência, mas os blues querem encaixe imediato e até ponderam incluí-lo na operação Simons com o Leipzig. Outros como Datro Fofana, Lavia, Gilchrist ou Acheampong também podem sair.
O objetivo é claro: 400 milhões de euros em vendas, seguindo o modelo de negócios rápidos e lucrativos como Madueke ou Renato Veiga. Mas com tão poucos dias pela frente, a margem de manobra é mínima.
O relógio não pára. A questão é simples: conseguirá o Chelsea levar a bom porto a sua missão impossível?