Cérebro Trincão tanto criou que alguém havia de marcar (as notas do Sporting)
João Virgínia (6)
Noite absolutamente descansada. Nem uma defesa para amostra, pelo que foi praticamente um espectador. Basta dizer que foi mais solicitado com os pés do que com as mãos. De resto, afastou bem com os punhos um livre lateral na única vez em que foi solicitado.
Vagiannidis (6)
Está a ganhar o lugar a Fresneda, que foi o titular para a Champions. Começou por integrar-se bem nas movimentações ofensivas, dando profundidade ao flanco e combinando com Quenda. Viu André Ferreira negar-lhe o golo com o pé (18’) e depois foi perdendo confiança com o decorrer dos minutos, preferindo jogar apenas pelo seguro.
Debast (6)
Regressou, com naturalidade, ao onze. Descansou com o Kairat e logo no primeiro minuto lançou Luis Suárez com belo passe em profundidade. Muito confiante, dá muita qualidade na saída de bola e defensivamente esteve sempre bem posicionado.
Gonçalo Inácio (6)
Ofereceu o corpo à bola, cortando remate perigoso de Vasco Sousa (40’) no único lance em que teve de aplicar-se. De resto, circulou bem a bola, mas sem grandes rasgos.
Ricardo Mangas (5)
Está a agarrar-se ao lugar. Rui Borges conhece-o bem e o esquerdino está a retribuir a confiança, não perdendo uma oportunidade de subir pelo flanco, mas os cruzamentos raramente lhe saíram a preceito. Saiu aos 54 minutos.
Hjulmand (6)
Pressionou alto, procurou jogar simples, mas parece não estar na melhor condição física, o que lhe limita o raio de ação e, simultaneamente, a influência no jogo. Esteve bem na distribuição, mas sempre longe da área.
Kochorashvili (5)
Manteve-se no onze, mesmo com Morita já recuperado. Dinâmico, tentou soltar-se para o ataque, mas o posicionamento defensivo do adversário retirou-lhe espaço para desequilibrar. Substituído (54’) com naturalidade.
Quenda (7)
Surgiu desinibido, talvez motivado com o (grande) golo ao Kairat Almaty, e fez uso do vasto reportório técnico. Até de bicicleta. Aí o remate acrobático saiu ao lado (39’). Grande passe a isolar Pedro Gonçalves (83’).
Pedro Gonçalves (7)
Muito ativo, começou por isolar Luis Suárez (12’) com um belo passe. Depois foi ele próprio a tentar o golo, procurando constantemente terrenos interiores, mas perdeu o duelo com André Ferreira. Depois de ver um chapéu que saiu ligeiramente por cima (23’), o guarda-redes não o deixou festejar aos 31’, 69’ (belo remate em arco, à Pote, e 87’. Quebrou a malapata de penálti (90’).
Luis Suárez (7)
Solicitado logo no primeiro minuto, viu André Ferreira fazer bem a mancha. Depois, aos 12’, tirou o guarda-redes da frente e rematou para a baliza, mas Gilberto Batista negou-lhe o golo quase sobre a linha. Continuou muito ativo, a combinar bem com os criativos e a pressionar a última linha defensiva e num desses lances ganhou a Marcelo, isolou-se e atirou ao poste (24’). Parecia que a baliza não queria nada com ele, tanto que, na segunda parte, destacou-se mais nas combinações. Numa bela abertura, de calcanhar, isolou Maxi Araújo (61’). Como 0-0 no marcador, assumiu a responsabilidade de marcar o penálti (76’) e não tremeu. Ato contínuo cedeu o lugar a Ioannidis.
Morita (6)
Posicionou-se mais alto que Kochorashvili, revelando outra qualidade a jogar em espaços reduzidos. Sempre esclarecido, não deixou a equipa tremer, imprimindo sempre uma bela dinâmica na circulação de bola. Lançou Alisson Santos no lance do 3-0.
Maxi Araújo (6)
Entrou para o lugar de Ricardo Mangas e pouco depois esteve muito perto do golo (61’). Tirou dois defesas do caminho, mas, de pé direito, atirou ao lado, em excelente posição. Também falhou o 2-0, de cabeça, em excelente posição (86’). Deu outra qualidade ao flanco.
Ioannidis (6)
Um golo à ponta de lança. Percebeu bem o que poderia resultar da aceleração de Alisson Santos, no momento certo antecipou-se ao adversário direto e desviou para a baliza, marcando o primeiro golo pelo Sporting.
Alisson Santos (6)
É assim que se aproveitam as oportunidades. Entrou aos 90+1’ e na primeira vez que tocou na bola acelerou até ao fundo pela esquerda para oferecer o golo a Ioannidis. Ter fome de bola dá nisto.
João Simões (-)
Entrou já na compensação, para o lugar de Pedro Gonçalves. Sem tempo para interferir na partida.