Çalhanoglu responde a Lautaro: «História recorda quem se manteve de pé, não quem gritou mais»
Çalhanoglu reagiu esta terça-feira, nas redes sociais, às mais recentes declarações de Lautaro Martínez. O argentino tinha deixado recado sem destinatário — «Quem quiser ficar no Inter, muito bem, vamos lutar. Quem não quiser pode ir embora. Precisamos de jogadores que queiram estar aqui. Vestimos uma camisola importante. Precisamos de uma mentalidade de alto nível ou, por favor, vão embora» —, palavras que o presidente do clube, Giuseppe Marotta, considerou visarem o turco.
«Após a lesão que sofri na final da Liga dos Campeões, decidimos ainda assim que eu deveria viajar com a equipa para os EUA. Estar lá, a apoiar os rapazes, apesar de não poder jogar, significou muito para mim. Infelizmente, durante um treino nos EUA, sofri outra lesão numa zona completamente diferente. O diagnóstico: rotura muscular. Essa lesão impossibilitou-me de estar em campo neste torneio. Não há outra razão, nada mais há por trás disto», começou por escrever no Instagram.
Depois, reagiu às críticas: «Ontem perdemos e isso dói. Senti tristeza, não apenas como jogador, mas como alguém que se preocupa verdadeiramente. Apesar de estar atualmente lesionado, peguei no telefone logo a seguir ao jogo e liguei a alguns colegas de equipa para lhes dar moral, porque é isso que se faz quando nos preocupamos com a equipa. O que me surpreendeu ainda mais foram as palavras que vieram a seguir. Palavras que atingem com força. Palavras que dividem, não que unem.»
«Na minha carreira, nunca procurei desculpas. Sempre assumi a responsabilidade. Joguei mesmo com dor, liderei, especialmente em momentos difíceis, não com palavras, mas com ações. Respeito todas as opiniões, mesmo as de um colega de equipa, mesmo as do presidente do clube, mas o respeito não é uma via de sentido único», defendeu.
«Sempre demonstrei respeito dentro e fora do campo e acredito que no futebol, tal como na vida, a verdadeira força reside no respeito, especialmente quando as emoções estão ao rubro. Nunca traí este clube, nunca disse que não estava feliz no Inter. Houve ofertas, no passado, tentadoras. Mas fiquei porque, no fundo, sei o que esta camisola significa para mim e creio que as minhas acções foram claras», prosseguiu.
«Tive a honra de usar a braçadeira de capitão pelo meu país e aprendi que a liderança significa apoiar os companheiros, não procurar um culpado quando é mais fácil. Adoro este jogo, adoro este clube e adoro os contornos pelos quais lutei todos os dias. O que o futuro reserva, veremos. Mas a história recorda sempre quem se manteve de pé, não quem gritou mais alto», concluiu.