Bino Maçães antes do arranque do Mundial sub-17: «A nossa identidade está criada»
A Seleção Nacional sub-18 prepara a estreia no Mundial sub-17, que se discute no Qatar. A equipa das quinas defronta a Nova Caledónia, no grupo B, em jogo com início marcado para as 15.15 horas de Portugal continental.
Bino Maçães, selecionador nacional, conta com todos os 21 convocados.
«É de facto o adversário talvez mais acessível da nossa fase de grupos, por ser uma equipa que compete a um nível mais baixo, com os seus jogadores a jogarem na ilha, embora tendo já alguns jogadores a atuar em França. Mas, pelos jogos analisados e que foram muitos, pareceu-me uma equipa não tão forte como as outras do grupo. Naturalmente, teremos o mesmo respeito, sendo essa a mensagem a passar aos jogadores, se queremos ser uma equipa competente e consistente, temos de tratar todos os adversários da mesma forma, tentarmos fazer as coisas bem, que é isso que nos compete, para podermos ganhar este jogo», referiu, em declarações ao Canal 11, destacando a importância de entrar bem no Mundial.
«É fundamental, até para a confiança que os jogadores podem adquirir. Algumas dificuldades nestes primeiros treinos no Qatar, com muito calor, por isso é importante a equipa se adaptar o mais rápido possível e ter muita atenção a determinadas coisas, tal como a hidratação ou as horas de sono. Acima de tudo, iniciar bem este primeiro jogo, para depois podermos pensar naqueles adversários que vão disputar connosco o apuramento», apontou.
«A nossa identidade está criada, nós não vamos mudar grande coisa. É verdade que dependendo do adversário que vamos defrontando, existe sempre nuances que vamos tendo, até porque observamos os adversários, tentamos descobrir os seus pontos fracos, eles farão o mesmo connosco e tem sido dentro disto que temos preparado os nossos jogos», acrescentou.
Santiago Verdi também falou e assumiu que Portugal tem as expectativas «muito altas».
«O facto de termos ganho o Europeu, acrescenta uma responsabilidade à nossa equipa, mas é uma responsabilidade que todos gostamos de ter. É sinal de que o trabalho está a ser bem feito e queremos responsabilidades ainda maiores, para podermos alcançar esse título mundial», afirmou, alertando para os pontos fortes da Nova Caledónia.
«Acreditamos que num jogo connosco, a Nova Caledónia possa vir num bloco mais baixo, numa questão mais defensiva. Esta seleção tem como pontos principais os seus extremos, pois são muito rápidos e jogam em clubes mais conhecidos. De resto, temos de nos adaptar ao jogo, que vai requerer muito à nossa equipa o assumir do mesmo, vamos arranjar formas para entrar nesse bloco baixo», atirou.
Além da Nova Caledónia, a equipa das quinas defronta Marrocos, no dia 6 de novembro, num duelo entre os atuais campeões da Europa e África. A Seleção termina a fase inicial contra o Japão, a 9 do mesmo mês.
Recorde-se que entre os dias 3 e 27 de novembro, as melhores 48 seleções do mundo reúnem-se no Qatar, divididas por 12 grupos, com as duas primeiras classificadas e os oito melhores terceiros a avançarem para os 16 avos de final.