Com 26 pontos. Eugene Crandall foi o melhor marcador da partida - Fotografia FPB

Benfica esmagador num clássico centenário

Teatracampeões nacionais venceram o FC Porto num jogo em que chegaram a estar a liderar por 43 pontos, marcaram 100 pontos pela terceira ocasião esta época e os mantém imbatíveis na Liga Betclic à 6.ª jornada e na Luz há mais de dois anos

Arrasadora! Foi assim a vitória do Benfica sobre o FC Porto por 109-80 (32-19, 36-13, 25-22, 16-26) na partida que mais expectativa causava na jornada e abriu a 6.ª ronda da Liga Betclic.

Desfecho que acaba por manter os tetracampeões como a única equipa invicta. Uma sequência de vitórias na prova que, contando com o play-off final de 2024/25, também contra o FC Porto, atinge os sete triunfos, depois dos lisboetas terem ganho o Jogo 4. Apenas somando os encontros da fase regular da época passada, são já 13 as vitórias seguidas da formação liderada por Norberto Alves.

Note-se que águias não perdem em casa para as competições nacionais há mais de dois anos. A última equipa a vencer à Luz foi a Oliveirense. A 11 de outubro de 2023 para a Liga (73-74) e dois dias mais tarde a contar para a Taça Hugo dos Santos (71-78).

Esta foi ainda a terceira ocasião no campeonato, mas primeira em casa, que as águias levaram a melhor face ao seu adversário com um centenário. Antes acontecera contra o Sporting (66-103, 2.ª jor.) e Queluz (80-101, 5.ª, jor.).

Apesar das limitações e dificuldades que os dragões têm vivido devido a inúmeras lesões de algumas das principais figuras, esperava-se que conseguissem manter algum equilíbrio, pelo menos até chegar o momento de terem aprofundar a rotação do banco.

Mas não. Cedo se abriu um fosso no marcador graças aos seis triplos dos donos da casa no quarto inaugural, contra dois do lado contrário, e a boa percentagem na finalização.

O FC Porto apenas esteve no comando uma vez: 1-2. E depois de ter recuperado da desvantagem de 5 (7-2) para apenas um (10-9), perdeu totalmente o equilíbrio no placard ao sofrer um parcial de 18-3 (28-12), com Eugene Crandall (26 pts, 4 res, 7 ass) a converter três lançamentos de três pontos consecutivos. Ele que acabaria com 5/11.

A desvantagem de 32-19 à entrada para o 2.º quarto era já pesada, mas não impossível de ser ultrapassada. Só que nunca pela forma como os azuis e brancos estiveram no período.

Com Aaron Broussard (17 pts, 7 res, 5 ass) a juntar-se a Crandall e ao poste polaco Aleksander Dziewa (17 pts, 7 res) no ataque, variado na finalização e com partilha de bola (19 ass), os donos da casa mataram o clássico na construção de três parciais distintos: 7-0 (39-21), 5-0 (44-23) e por fim um sufocante 14-2 (58-27), que ainda assim não trouxe a diferença máxima do embate.

Essa, de 43 (87-44) aconteceu já depois do intervalo (68-32), a 3.09m do 3.º quarto num afundanço de Broussard para desfazer a pressão defensiva contrária que se tornaram mais intensa e efetiva.

Apenas no último quarto o FC Porto impôs o ritmo do jogo, ainda que o Benfica, já vivesse um momento de alguma descompressão face à vantagem. Sobretudo os forasteiros impuseram uma defesa à zona 2x3, que o adversário nunca conseguiu verdadeiramente anular e o levou a cometer perdas de bola e sofrer contra-ataques que Norberto Alves tentou evitar, sem sucesso, quer trocados jogadores como pedindo descontos de tempo.

Ainda assim os locais mantiveram o domínio na lutas das tabelas: 51 (22 of.)-38 (13) e terminaram com 16 turnovers depois de terem 7 nos dois quartos iniciais. Os azuis e brancos registaram 23, tendo ido para o descanso já com 15.

Justice Sueing (20 pts, 11 res) e João Betinho Gomes (9 pts, 3 res), este com 3/4 em lançamentos de três pontos permitiram que os campeões acabassem com 12/31 (38%) em triplos, após excelente 8/14 (57 %) na ida para os balneários.

O FC Porto, que teve em Javian Davis (25 pts, 10 res, 4 rbl) e Jhonathan Dunn (15 pts, 5 res, 3 ass) os únicos a atingirem a dezena de pontos, ficou-se pelos 7/26 para lá dos 6,75m, com 2/10 (20 %) ao intervalo.