Benfica: 25 de outubro, sempre, demagogia nunca mais!
Portanto, Noronha Lopes quer Ruben Amorim e Bernardo Silva. Provavelmente, daqui até 25 de outubro, ainda quer Ederson, Nélson Semedo, Rúben Dias, João Félix, Gonçalo Ramos e João Neves e anunciará que renovará com Aursnes, António Silva, Tomás Araújo, Dedic, Sudakov, Ivanovic e Lukebakio. Ficará a faltar a expansão do Estádio da Luz para 150 mil pessoas, a contratação de Ricardo Araújo Pereira para speaker nos intervalos dos jogos em casa e o investimento de milhares de euros num corretor automático de lapsos em entrevistas televisivas em direto.
Portanto, Cristóvão Carvalho quer Jurgen Klopp. E, segundo ele, Klopp quer o Benfica. É a chamada fome a juntar-se à vontade de comer. Provavelmente, se Klopp estiver constipado a 26 de outubro, há Arne Slot. Que deseja o Benfica desde que jogava no Zwolle. Se não houver Klopp nem Slot, há Ancelotti. Que está no Brasil não para ganhar o Mundial-2026, mas para aprender a língua portuguesa e, assim, ser mais fácil entrar no Benfica, que é o seu sonho desde que jogava no Reggiolo. Depois, se falharem Klopp, Slot e Ancelotti, há muitos mais em fila de espera: Guardiola está desertinho para sair de Manchester; Abel Ferreira não suporta mais picanha e quer comer pizza no Colombo; Luis Enrique partiu a clavícula a andar de bicicleta precisamente para ter uma desculpa para se desvincular, a 26 de outubro, do PSG; Deschamps e Scaloni estão fartos de ser selecionadores e querem voltar a ser treinadores de clube, o que, bem vistas as coisas, pode abrir as portas do Benfica a Mbappé e Messi; Arteta está no Arsenal desde 2019 porque adora o vermelho, embora prefira um tom mais vivo. Por fim, Mourinho. A presença no Dragão foi apenas uma manobra de diversão. Ele, desde que saiu do Benfica em dezembro de 2000, só pensa no Benfica.
Portanto, diz Luís Filipe Vieira, tudo no Benfica está pior em 2025 do que estava em 2021. A dívida disparou, os custos aumentaram de forma descontrolada, o modelo de gestão não garante a sustentabilidade, houve aumento do passivo e dívida líquida, diminuição do capital próprio, superiores despesas em FSE (seja lá o que isto é), gastos com pessoal, transações de direitos de atletas e serviços de intermediação aumentaram imenso. Provavelmente, até 25 de outubro, Luís Filipe Vieira vai afirmar que a relva da Luz está mais amarelada do que estava em 2021; que a tinta das balizas está a descascar assustadoramente; que a estátua de Eusébio está com verdete nos pitons das botas; e que, quando for eleito, destituirá Pedro Proença, Frederico Varandas, André Villas-Boas, António Salvador, Aleksander Ceferin, Gianni Infantino, Vladimir Putin, Donald Trump e Volodymyr Zelenskyy. Pela simples razão de que aquilo, na FPF, Sporting, FC Porto, UEFA, FIFA, Rússia, Estados Unidos e Ucrânia, é tudo verde.