Arouca: Vasco Seabra desliga da história e pede agressividade
Defender a tradição e dar continuidade ao momento positivo da equipa — que conta uma vitória (1-0) sobre o Alverca e um empate (0-0) no Santa Clara, resultados que puseram fim a uma série negra de seis derrotas consecutivas — é a ambição dos lobos de Arouca para a receção deste domingo ao Gil Vicente. Apesar do 4.º lugar na Liga, os galos de Barcelos atravessam uma crise de resultados – quatro empates e uma derrota nas últimas cinco rondas —, fase que, contudo, Vasco Seabra desvaloriza, apontando antes às habituais virtudes da equipa de César Peixoto, que segue na Liga com apenas três desaires.
«Vamos ter um adversário difícil de defrontar, mas também difícil de bater. É certo que não vence há cinco jogos, mas também só perdeu um. Sentimos que vamos ter um adversário com capacidade e se lhe dermos espaço e tempo é uma equipa que tem qualidade para jogar e definir; por outro lado, é uma equipa que sofre poucos golos. O Gil Vicente é uma boa equipa, nós também nos consideramos uma boa equipa e acredito que vai ser um bom jogo entre adversários que estão em lugares diferentes na classificação», projetou Vasco Seabra na antevisão ao 18.º duelo entre os dois emblemas.
Apesar dos 13 pontos e do antepenúltimo lugar na tabela, Vasco Seabra reitera a confiança na nos desempenhos revelados pela equipa nos últimos dois testes para dar continuidade ao crescimento pontual.
«Vamos ter de estar no nosso limite, mais preocupados com aquilo que tem a ver connosco. Fizemos dois jogos a pontuar e com a baliza a zero e para darmos continuidade temos de repetir padrões, exigência, agressividade, ritmo alto e vontade coletiva. As coisas não vão acontecer se não nos entregarmos a elas. Vamos levar uma energia muito grande para o jogo», afirmou.
Arouca e Gil Vicente voltam a encontrar-se num quadro de confrontos que pesa claramente a favor dos lobos: em 17 encontros, os lobos não só continuam invictos diante dos galos (9 vitórias e 8 empates) como detêm maior supremacia nos 8 encontros caseiros, feitos de 6 vitórias e 2 empates. Páginas da história que Vasco Seabra quer ver transformadas em capital motivacional.
«A história vale o que vale, é um registo positivo e ainda bem que tem caído para o lado do Arouca, mas o que temos de fazer é agarrar nisso e transformar esse histórico em motivação e em exigência para nos mantermos ligados e defensores daquilo que é a dinâmica cultural do clube e da forma como queremos arrecadar pontos. Queremos dar crescimento ao nosso processo e à nossa classificação», destacou o técnico do Arouca que abordou ainda eventuais prendas nas idas ao mercado de janeiro.
«Nem para mim as pedi. Não é de todo um foco nosso. Sabemos as forças e as fragilidades que temos, não existem planteis perfeitos, nem aqui nem nos melhores clubes que gastam mais dinheiro. Há sempre acrescentos que podem ser feitos, provavelmente haverá ajustes, algo que é natural no mercado. Tenho dito desde o início que o plantel tem qualidade e que confio nele. Não me vou refugiar na falta deste ou daquele jogador, reforçamos é a confiança naqueles que temos», sublinhou.
Já com o central Popovic totalmente recuperado da indisposição que levou à sua substituição na partida anterior frente ao Santa Clara, é um Arouca praticamente na máxima força que vai a jogo frente aos gilistas. Dante, ao serviço da seleção do Mali (CAN), e Mateo Flores, lesionado, são as únicas baixas para o encontro da 16.ª jornada da Liga Portugal Betclic.