Arouca com «confiança» para «fazer melhor do que na época anterior»

É um Arouca que aposta na continuidade da equipa técnica e da maior parte do plantel que dá este sábado, às 20h30, o pontapé de saída da Liga 2025/26, frente ao Aves SAD. No lançamento da partida, esta sexta-feira, o treinador Vasco Seabra frisou a confiança no grupo e nos processos para fazer melhor do que o 12.º lugar obtido na temporada transata.

«Estamos com um desejo muito grande de regressarmos à competição, num relvado novo que a Direção tratou de nos proporcionar. Obviamente que queremos continuar a praticar um jogo apelativo e entusiasmante para quem vê. Queremos dar continuidade ao nosso trabalho e fazer melhor do que na época anterior, continuando também a valorizar os jogadores. É com esta ambição diária que entramos no campeonato. A continuidade [da equipa técnica e de grande parte do plantel] dá-nos estabilidade e reforça a confiança para fazermos melhor do que na última temporada. Há uma vantagem no conhecimento mútuo, o nosso grupo acolheu bem quem chegou e é competente. Amanhã [sábado], compreensivelmente, não estaremos ainda no nosso melhor, queremos ainda crescer, mas sentimos que estamos preparados para abordar o jogo com paixão», sublinhou o técnico.

Não obstante as equipas esconderem as armas com que se apresentarão no jogo inaugural, Vasco Seabra espera um adversário competitivo, à imagem do seu timoneiro, José Mota.

«O Aves é um adversário difícil, tem um treinador muito experiente, muito capaz, que modificou a energia interna da equipa, levando-a a vencer o play-off da manutenção. Conheço-o pessoalmente e sei que o Aves vem com tudo, com uma agressividade muito alta e que nos vai pôr à prova desde o primeiro minuto. Temos que transformar a ansiedade natural do início de época numa atitude altamente motivadora. Sentimos que vai ser um jogo bom e que vamos querer ganhar», antecipou.

No comando de um plantel que conta apenas cinco caras novas, o treinador dos lobos realçou também o equilíbrio nas aquisições face às saídas de jogadores influentes como eram Jason, Sylla e Weverson e Chico Lamba.

«Em articulação com presidente [Carlos Pinho] e o diretor geral [Joel Pinho] conseguimos identificar o perfil de jogador que pretendíamos em função do perfil de jogo que queremos construir e valorizar para ambicionarmos a mais. Como isso ficou muito alinhado, sentimos que os reforços que chegam, chegam preparados para as dinâmicas que queremos implementar. Sentimos que quem ficou continua a demonstrar essa competitividade, sentimos que temos um plantel competente e competitivo, apesar de ainda não estar fechado», avaliou.

«Temos uma energia grande para competir com muita confiança em quem ficou e também em quem entrou. Contratámos jogadores para preencher o lugar dos que saíram, são jogadores diferentes, com as suas próprias característica e estamos felizes com eles. Amanhã [sábado] não temos desculpas para ausência deste ou daquele, temos sim uma confiança grande naquilo que fomos construindo durante a pré-época e, por isso, estamos preparados para as mudanças naturais que ocorreram no plantel e para a competição», garantiu.

Vasco Seabra traçou ainda o perfil dos cinco reforços, num plantel que será ainda completado com a chegada de um defesa central e mais duas unidades para os corredores.

«Não há jogadores perfeitos, mas o Solà é um lateral de muita construção e com muita qualidade técnica; o Näis Djouahra é um extremo que pode alternar jogo exterior com jogo interior, combinativo, muito técnico e com capacidade de finalização; o Barbero é um jogador de área, muito forte no jogo aéreo e com finalização, embora não tão profundo quanto o Dylan; o Lee é um “10”, rápido, joga bem entre linhas, com capacidade no transporte de bola e imprevisível nas ações; o Mateo é um jogador corajoso, pode jogar nas três posições do meio-campo, é inteligente e com boa qualidade técnica. São jogadores que estão preparados para competir por um lugar», analisou.

O treinador do Arouca abordou ainda a morte do eterno capitão do FC Porto, Jorge Costa.

«Fiz uma partilha a nível pessoal. Eu estava nos juniores do Paços de Ferreira quando o Jorge esteva na equipa principal. Custa ver alguém partir que nos habituamos a admirar e a respeitar. Era uma pessoa com uma ética gigante, eterno capitão de um dos principais clubes do nosso futebol, fez também coisas fantásticas na Seleção Nacional. Nesse minuto de silêncio [decretado pela Liga Portugal] vamos tentar essencialmente que ele sinta que todos respeitamos o lugar que deixa. Damos os sentimentos à família e aos amigos mais próximos.»

Sem desvendar dados sobre que onze os lobos apresentarão diante do Aves SAD, certas são as ausências da convocatória dos lesionados Pablo Gozálbez e Marozau.