Ângelo Girão termina carreira em lágrimas: «Eternamente agradecido»

Não foi a despedida mais desejada, a de Ângelo Girão aos adeptos do Sporting no Pavilhão João Rocha, após a derrota da sua equipa frente ao FC Porto no desempate nos penáltis, por 5-6.

Perante bancadas que o ovacionavam e companheiros de equipa, na pista, em lágrimas, e os adversários do FC Porto (alguns colegas na Seleção) alinhados em homenagem, o guarda-redes leonino, que termina a carreira de hoquista profissional neste jogo, que encerra a temporada do Sporting, tentou discursar, mas a emoção, o choro convulso, tolheu-lhe as palavras.

Alguns minutos mais tarde, mais tranquilo, ainda de olhos molhados e voz embargada, o guardião internacional português, de 35 anos, no Sporting desde 2014, falou para despedir-se do clube e dos adeptos sportinguistas

«Agradeço a todos os sportinguistas pelo carinho que me deram ao longo destes 11 anos. Não tenho palavras para descrever tudo o que vivi ao longo destes anos no Sporting. Sou eternamente agradecido a estas pessoas. Devo tudo ao Sporting e a estes adeptos. Nunca os esquecerei, estou-lhes grato para sempre. Estarei sempre aqui a torcer pelos sucessos do clube. Não é um adeus, é um até já. E um obrigada, também», afirmou Ângelo Girão.

O capitão dos leões, camisola 61, fez ainda a análise ao jogo com o FC Porto. «Tenho sum sentimento de frustração. Fomos claramente melhores nos cinco jogos, mas não tivemos uma pontinha de sorte. Podíamos ter vencido no Dragão, mas não conseguimos e neste jogo, um ressalto no stique do Rafa... e marcaram», referiu.

«Naturalmente, houve outros anos em que eles mereceram e fomos nós a vencer. Felicito o FC Porto e os seus jogadores, técnicos e restante staff, por esta vitória. Tenho muito amigos naquela equipa...», acrescentou de novo com a emoção à flor da pele.

E terminou em balanço de uma temporada que considerou difícil. «Fizemos o que foi possível, perante tantas adversidades. É inexplicável o que aconteceu à nossa equipa esta temporada, com tantas lesões. Mas nas alturas de maior aperto demos as mãos e fomos em frente. Estamos de consciência tranquila, porque demos tudo até ao fim. Quero agradecer a esta moldura humana do Sporting», concluiu Girão.