Académica-Belenenses: clássico com Briosa reviravolta
Os mais antigos terão lembranças infindáveis de jogos entre Académica e Belenenses, os mais novos e atentos ao fenómeno saberão, por certo, que estes são dois dos clubes mais emblemáticos do futebol português. Por esta razão, e seja em que realidade competitiva for, um encontro disputado por estes dois contendores terá sempre de ser catalogado como um clássico.
Na tarde deste sábado, em Coimbra, estudantes e azuis escreveram mais uma página de uma história que tem largas dezenas de anos e nem o facto de o duelo dizer respeito à Liga 3 retirou qualquer tipo de magnitude aos dois emblemas.
Talvez (também) cientes da dimensão de uma partida deste calibre, os jogadores das duas equipas quiseram ter razões para ficarem no bonito currículo deste clássico e o público presente no anfiteatro conimbricense deu por bem empregue o seu tempo: belo jogo da bola. Assim mesmo, à moda antiga, em jeito de homenagem ao legado de dois notáveis.
O marcador funcionou logo aos 5 minutos, sendo que a festa, nessa altura, foi feita em tons de... branco - o Belenenses alinhou com o seu equipamento alternativo: remate de Miguel Bandarra (que sofreu um desvio em Ricardo Teixeira), Carlos Alves ainda defendeu, mas João Machado atirou a contar.
Os academistas - que tinham apenas um triunfo nesta Liga 3 e que vinham de uma surpreendente eliminação da Taça de Portugal, aos pés do Marialvas (0-1, após prolongamento) - não sentiram o toque e reagiram de imediato: Cuba aproveitou uma defesa incompleta de Guilherme Oliveira, após remate de Marcos Paulo, e empatou. O mesmo Cuba teve cabeça para a reviravolta (34'), correspondendo ao cruzamento de Leandro Silva.
Já na etapa complementar, Marcos Paulo, também de cabeça (56'), aumentou a contenda, com Nuno Barbosa, já na compensação, a pintar uma obra de arte para a goleada.
O futebol pode dar as voltas que der, mas na história haverá sempre Académica e Belenenses. Que são grandes e históricos por direito!