A assistência de Vagiannidis para a transferência de Ioannidis para o Sporting e o empresário em comum
O Panathinaikos foi o protagonista de uma história invulgar este verão. Quebrou o seu próprio recorde de vendas por duas vezes, realizando dois negócios com a mesma equipa. Tanto Giorgos Vagiannidis como, posteriormente, Fotis Ioannidis, rumaram ao Sporting CP, com Sérgio Silva a desempenhar um papel crucial neste processo.
O agente português foi a ponte que uniu todas as partes envolvidas. Vagiannidis é representado pela Base há alguns meses, e Ioannidis por Predrag Djordjevic, mas foi Silva quem colocou os nomes dos dois jogadores gregos na mesa dos campeões portugueses.
Na noite de segunda-feira (8/9), o antigo colaborador de Ulisses Santos esteve presente no Estádio Georgios Karaiskakis, assistindo à derrota da Grécia frente à Dinamarca, e a propósito disso, o programa Sportal Studio Live revelou alguns detalhes.
Vagiannidis abriu o caminho e Ioannidis seguiu-o.
O caso de Vagiannidis começou meses antes. Desde novembro que o Sporting o seguia de perto. Foi observado de forma consistente, com elementos do clube a assistirem presencialmente a dois jogos do Panathinaikos e um da seleção grega, concluindo que era exatamente o que procuravam.
Como é sabido, em janeiro, o Panathinaikos rejeitou uma proposta do Sporting, que deixou claro ao jogador que voltaria no verão. E assim foi. O lateral-direito de 23 anos convenceu-se cedo de que o projeto era do seu interesse e, uma vez que os portugueses satisfizeram as exigências do «trevo», o resto foi fácil.
A sua venda por 12 milhões de euros, mais 2.5 milhões em bónus, estabeleceu um recorde para o Panathinaikos, que foi posteriormente superado por Ioannidis, com 22 milhões de euros, mais 3 milhões em bónus por objetivos. Para o avançado de 25 anos, «Vagia» deu o seu contributo na transferência.
Viktor Gyökeres, que acabou por rumar ao Arsenal, mostrou desde cedo que não «segurava» e, quando surgiu a questão da venda de Conrad Harder, criou-se uma necessidade adicional de reforço para a frente de ataque do Sporting. Ioannidis não era, à partida, a primeira opção. Talvez porque, um ano antes, os leões tinham perdido um verão inteiro a tentar quebrar a resistência do Panathinaikos.
Na altura, Giannis Alafouzos foi irredutível, tendo o jogador como aliado. Um ano depois, porém, os dados mudaram. Ioannidis estava convencido de que era a altura de dar o próximo passo na sua carreira e, assim, o proprietário da SAD cedeu. Vagiannidis informou Silva sobre a mudança de postura do clube e do jogador, e foi assim que o Sporting voltou à carga, determinado a contratá-lo, algo que acabou por conseguir.