Fábio Veríssimo apitou o Arouca - FC Porto - FOTO: Catarina Morais/Kapta+
Fábio Veríssimo apitou o Arouca - FC Porto - FOTO: Catarina Morais/Kapta+

A análise de Pedro Henriques à arbitragem do Arouca-FC Porto

Tudo certo na expulsão de Martim Fernandes. Num jogo que se foi tornando fácil com o evoluir do resultado, a arbitragem do juiz de Leiria acaba por ser positiva. Faltou VAR para anular o quarto golo dos dragões.

3’— Uma falta tática, cometida por Alfonso Terezza sobre Borja Sainz, em que o objetivo foi parar e destruir uma saída em contra-ataque. Na ocasião, o avançado uruguaio com a sua mão direita puxou o ombro também direito do avançado espanhol dos dragões.

6’ — Entrada duríssima de Martim Fernandes, que com o seu pé direito, de sola e com os 'pitons', pisou o pé esquerdo de David Simão. Livre direto e cartão amarelo bem mostrado ao lateral portista.

22’ — Na construção da jogada que originou o que seria o segundo golo dos dragões, obtido por Pepê, no corredor esquerdo do ataque dos dragões Borja Sainz estava adiantado em relação ao penúltimo adversário, quando o seu colega, Alan Varela lhe fez o passe (24 cm). Assistente inicialmente validou o golo, mas o VAR, com auxílio das linhas de fora de jogo, reverteu e anulou. Decisão correta.

Positivo
O VAR no golo anulado, o árbitro no vermelho mostrado e o número baixo de faltas do jogo. o árbitro fisicamente também esteve bem, sempre próximo dos lances.

33’ — Boris Popovic por trás e sem tocar no esférico, acertou em cheio com o seu pé direito na parte lateral da perna esquerda de Samu. Uma entrada negligente, passível de cartão amarelo que o árbitro mostrou de forma correta.

48’ — Não obstante na jogada que originou a expulsão por cartões amarelos de Martim Fernandes o jogador dos dragões tivesse sido agarrado por Ivan Barbero, isso não invalidou que a entrada imediatamente a seguir fosse muito dura, ou seja, negligente, pois de sola e com os pitons acertou com o seu com o seu pé esquerdo no pé esquerdo de Pablo Gozalbez. A lei é muito clara nestas situações, mesmo que o árbitro assinala-se a falta, a favor dos dragões, não invalidava a sanção disciplinar pela entrada negligente.

52’ — Segundo golo dos dragões legal e sem qualquer infração à lei do fora de jogo, pois no momento do passe de Pepê para Deniz Gul este estava em posição legal (92 cm). Foi Tiago Esgaio que validou a posição do avançado dos azuis e brancos.

Negativo
O quarto golo dos dragões foi precedido de falta. O número elevado de cartões, oito amarelos e um vermelho por acumulação, que não 'joga' com as apenas vinte e uma faltas.

62’ — Amarelo a Deniz Gul, que, ao saltar, acertou com a mão na cara de Taichi Fakui, pelo menos foi esse o gesto que o árbitro fez para justificar a advertência, pois não houve nenhuma repetição do lance para comprovar.

64’ — Pablo Gozálbez agarrou por breves instantes a mão direita de Kiwior, levando à queda do defesa polaco portista, estavam três jogadores do Arouca na jogada, a rodeá-lo, num lance em zona neutra, em jogada sem perigo ou prometedora e junto à linha lateral e antes do meio campo. Livre direto foi uma boa decisão, mas o amarelo não se justificava.

69’ — Cartão amarelo mal mostrado. É um lance colado à linha lateral, em jogada sem qualquer perigo, em zona neutra, onde David Simão apenas entrelaçou a sua perna esquerda na perna esquerda de Pablo Rosário levando à sua queda. Uma falta normal sem motivo para cartões.

74’ — Amarelo bem mostrado a Tiago Esgaio por efetuar um pontapé de bicicleta, onde levantou em demasia a sua perna direita e acertou de forma perigosas, entrada negligente, na cabeça de Bednarek. Jogo perigoso ativo, com contacto, passível de sanção disciplinar pelo risco que causou de lesão no seu adversário.

85’ — No corredor direito do ataque portista e na construção da jogada que originou o quarto golo dos dragões obtido por Zaidu, o VAR deveria ter intervindo para anular o tento por falta de Deniz Gul, que, com a sua mão esquerda, agarrou a perna esquerda de Arnau Sola, impedindo-o desta forma de se levantar e disputar o lance. Golo ilegal.

90’ — Foram dados três minutos, recuperação do tempo perdido, muito pouco para as incidências que ocorreram no segundo tempo; três golos, quatro amarelos, uma expulsão e cinco paragens para substituições, tudo isto tinha de se traduzir em seis minutos de tempo extra no mínimo.

Nota do árbitro (Fábio Veríssimo): 6