Tadej Pogacar e Jonas Vingegaard
Pogacar e Vingegaard - Foto: IMAGO

Vingegaard nega ataques para que Pogacar ficasse de amarelo

Estratégia da Visma em análise numa etapa em que o esloveno perdeu a amarela para Ben Healy

Jonas Vingegaard e Tadej Pogacar cruzaram a meta da última etapa da Volta a França juntos, numa imagem até muito elogiada, mas o dinamarquês negou que a equipa Visma-Lease a Bike tenha atacado, durante a etapa 10, para reduzir a vantagem da fuga e obrigar Tadej Pogacar a ficar com a amarela. 

 O britânico Simon Yates conquistou a primeira vitória do ano para a equipa neerlandesa, que atacou no final para tentar desestabilizar Tadej Pogacar e outros concorrentes, ele que acabou por perder a amarela para Ben Healy (EF Education-EasyPost). 

Ao terminar em nono lugar na etapa, a 4m51s de Yates, o esloveno perdeu a amarela, o que o libertou do protocolo associado à apresentação das camisolas após as etapas. Será que a Visma acelerou para reduzir a distância em relação à fuga e garantir que Pogacar conservasse a camisola e as obrigações que lhe estão associadas? Vingegaard nega. 

«Não era por isso que estávamos a atacar», disse após a etapa. «Estávamos a atacar para o tentar pressionar. Se ele ficasse de amarelo, teria de fazer a cerimónia do pódio todos os dias, o que gasta alguma energia, mas não estávamos a pensar nisso. Estávamos simplesmente a seguir o nosso plano, que era pressionar a Emirates. Eles têm uma equipa muito forte, e o Pogacar também teve de trabalhar um pouco, por isso foram fortes e bons na defesa», explicou. 

De resto, o dinamarquês disse que tem andado taco a taco com o esloveno. Quarto na geral, a 1m17s de Pogacar, Vingegaard está muito satisfeito com a sua forma. «Foi um dia incrível para nós. Ganhámos a etapa. Pessoalmente, estou contente com as minhas pernas e com a forma como me senti hoje. Acho que podemos dizer que foi um bom dia. Queríamos um bom ciclista na fuga e tivemos o Simon, que é incrível, e ele ganhou a etapa. Estou muito feliz por ele. Até agora, nesta Volta a França, tenho conseguido acompanhar todos os ataques de Pogacar, o que não consegui fazer no Dauphiné. Penso que isso mostra que estou a um nível melhor», sublinhou. 

Sugestão de vídeo