Mundial de Doha - Francisca chegou mais cedo do que esperava, mas ambiciona carimbar já o visto para os Jogos

Internacional do Foca pode tornar-se no quinto nadadador português a qualificar-se para Paris-2024

Na Seleção de nove nadadores para o 21.º Mundial de Doha, dos quais três já se encontram qualificados para os Jogos de Paris-2024: Diogo Ribeiro (50 e 100 livres, 100 mariposa), Miguel Nascimento (50 livres) e Camila Rebelo (200 costas) – João Costa (100 costas) não foi ao Qatar por ter sido operado ao ombro direito -, Francisca Martins faz parte do lote daqueles que também sonham carimbar o visto olímpico. E ele não está longe de se poder tornar realidade.  

Este domingo de manhã, no Aspire Dome, disputará as eliminatórias dos 400 livres. Distância onde procura a qualificação, se bem que também não afaste a hipótese dos 200, e na qual, em dezembro, foi 5.ª na final do Europeu de piscina curta na Roménia. 

«Para mim, esta estreia é muito importante. Significa muito. Se calhar há alguns anos não pensava que estaria aqui tão cedo, mas é muito recompensante ter vindo numa comitiva nacional para o campeonato do mundo. É fenomenal. O próximo passo só mesmo os Jogos Olímpicos», refere a nadadora do Foca, de 20 anos, que juntamente com Mariana Cunha e Francisco Quintas, são os estreantes da Seleção no evento. 

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Seleção de natação pura começa, este domingo, a competir no Qatar e, tal como Diogo Ribeiro, a nadadora do Louzan quer chegar à luta das medalhas. Mas não só, se possível, ainda conseguir uma segunda prova para nadar nos Jogos de Paris-2024 e ajudar Portugal a qualificar a estafeta de 4x100 estilos.

E porque é que achava que não iria estar aqui tão cedo? «Considero que a minha evolução tem sido muito boa e gradual, mas, pelos tempos que tinha, e se calhar pela confiança que possuía, não acreditava tanto. Sabia que seria possível vir ao Mundial e alcançar estas grandes competições, só que não tão cedo como está a acontecer», justifica.  

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Mas faltava-lhe alguma confiança ou mais treino? «Penso que as duas coisas… Não sou uma atleta que melhora muito de um dia para o outro. Conhecendo-me bem, sabia que essa evolução seria sempre gradual e chegaria a estes palcos mais tarde. Esse foi o único motivo, nada mais», garante. 

Voltando aos tema dos Jogos, essa qualificação é para tentar resolver já no Qatar? «Desde há algum tempo que todas a provas são uma oportunidade para o fazer, mas sim. Este campeonato será uma tentativa para obter o mínimo olímpico. Lá está, como ainda falta algum tempo [para fecharem as qualificações], se não o conseguir agora há alinda muitas oportunidades. Acredito que as coisas saiam bem, contudo, se não acontecer, é perfeitamente normal para esta altura do ano - que é mas complicada - ainda não estar no meu melhor», comenta.    

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Quando refere que esta altura é mais complicada deve-se a ter estado, em dezembro, no Europeu de curta [onde também foi semifinalistas aos 200 livres]? «A seguir à temporada de piscina curta alivia-se sempre um pouco [a carga de treino], depois, em janeiro, a preparação teve de ser mais rápida, mas acredito que podem sair coisas boas», finalizou.

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