Um Oceano de ambição para Artur Jorge
Técnico português mostra-se preparado para o desafio que tem pela frente ao leme do emblema brasileiro. (Foto: Botafogo)

ENTREVISTA A BOLA Um Oceano de ambição para Artur Jorge

NACIONAL14.04.202409:30

Técnico português extremamente motivado para a nova aventura na carreira, agora no Brasil e ao serviço do Botafogo; exulta com a grandeza do clube; entrada com o pé esquerdo na Taça dos Libertadores mas confiança plena no sucesso

Está a viver os primeiros dias no Brasil e ao leme do Botafogo. Quais são as primeiras impressões?

- Fantásticas. Fomos [equipa técnica] extremamente bem recebidos por todas as pessoas do clube, que desde o primeiro dia nos fizeram sentir literalmente em casa. Tenho sentido muito respeito de toda a gente. A estrutura do Botafogo vê na minha liderança o caminho para sustentar a chegada a outro nível. Queremos acrescentar ao que já vem de trás. Depois, e deixe-me também referir isto, por ser da mais elementar justiça, os adeptos têm-nos dado um grande apoio. São 4,5 milhões, são apaixonados, fiéis no apoio e muito ambiciosos. Também por parte da imprensa brasileira tenho sentido um enorme respeito. Tenho sentido mesmo um grande acolhimento por parte da família Botafogo.

Técnico português no momento de sentir o peso da camisola do seu novo clube. (Foto: Botafogo)

O que o levou a aceitar este desafio?

- Senti-me muito querido pelas pessoas do Botafogo. Deslocarem-se a Portugal para falarem comigo é um sinal disso mesmo. De um forte desejo em contarem comigo. Trata-se de um projeto desportivo extremamente aliciante, que me convenceu e que me agrada muito. Posso até dizer que já estou mesmo muito apaixonado pelo clube e pelas suas gentes. Poder jogar a Taça Libertadores no mesmo ano em que na Europa joguei a Liga dos Campeões também deve ser ressalvado. São as duas maiores competições do mundo e eu tive a oportunidade de as jogar no mesmo ano. E depois, e porque não há como esconder, estamos a falar de um clube com uma dimensão e uma história tremendas, com uma massa adepta fantástica. O Botafogo é um clube gigante. Além disso, pude também comprovar que o Rio de Janeiro é mesmo uma cidade maravilhosa.

Artur Jorge elogia o fervor clubísticos dos adeptos do 'Fogão'. (Foto: Botafogo)

A sua estreia na Libertadores não foi positiva, com a derrota diante da LDU Quito, por 0-1. O que correu mal?

- Tivemos alternância no domínio do jogo. Era um contexto difícil que para nós. Jogar em altitude é muito mais difícil para os jogadores. Tivemos momentos bons, de domínio, e oportunidades de golo criadas. Não fomos eficazes na hora da concretização. Ficámos aquém do que pretendíamos nesse capítulo. Sofremos um golo cedo, mas gostei da reação da equipa. Aliás, eu gostei muito do comportamento da equipa e da resposta ao que lhe foi pedido. Retenho isso. De negativo fica o resultado e a forma como sofremos o golo. Na Libertadores é pouco aceitável sofrer um golo na sequência de um lançamento de linha lateral. Faltou também alguma definição no último terço.

Já que falamos em Libertadores, o Botafogo já soma duas derrotas na prova. O apuramento está mais difícil…

- Naturalmente que ficámos com a situação mais difícil, mas temos mais quatro jogos para podermos continuar a acreditar. O clube tem como objetivo passar a fase de grupos e nós continuamos a acreditar que podemos conseguir.

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