SC Braga: foi (literalmente) desde o 25 de abril que a revolução tudo levou

Quando, a 19 de abril, o SC Braga venceu (2-0) o Estoril, na 30.ª jornada, o pódio continuava seguro. Nessa altura, a quatro jogos do final do campeonato, os guerreiros tinham 63 pontos, mais um do que o FC Porto.

E esse triunfo na Amoreira foi também a confirmação de um ciclo bastante positivo, que tinha (re)começado na 25.ª ronda, com uma vitória (1-0) diante do… FC Porto, que permitiu aos arsenalistas igualarem os dragões (50 pontos). Estávamos a 8 de março. Mas olhando ainda mais para trás, nomeadamente desde o início do presente ano civil, constatamos que esse sucesso foi a melhor forma de reagir ao desaire (1-2) no encontro anterior, no terreno do Rio Ave.

Porque até Vila do Conde o percurso dos minhotos em 2025 estava a ser de excelência: seis vitórias e um empate. O Casa Pia – que voltou a ser inimigo no passado sábado (1-2) – tinha sido o último emblema a derrubar o SC Braga (1-2, na Pedreira, a 29 de dezembro de 2024), mas depois disso, e até esta ponta final negativa, Carlos Carvalhal levou a equipa a conquistar 35 pontos em 42 possíveis – apenas Vitória de Guimarães (0-0), Sporting (1-1) e Rio Ave (1-2) ofuscaram uma segunda volta de altíssimo nível.

Nesse período, os bracarenses foram recuperando terreno para os lugares da frente e conseguiram outros registos altamente meritórios – nomeadamente nos jogos em casa, porque fora de Braga já eram de nível superlativo -, pelo que a segunda volta foi mais proveitosa do que a primeira.

No entanto, e quando nada o fazia prever, deu-se uma autêntica… revolução. Desportivamente falando, o 25 de abril foi madrasto para os minhotos, sendo que nessa data deu-se o empate (1-1) em Famalicão, resultado que iniciou uma série de três jogos seguidos sem vencer: novo empate, desta feita com o Santa Clara, e derrota frente ao Casa Pia.

Carvalhal projetou a equipa – nos resultados e na qualidade exibicional, sem esquecer a firme aposta em jovens da formação - mas a revolução foi madrasta e o pódio não passa de uma miragem.