Pintou os Arcos de verde e branco e elogios chegam... do Japão

Marious Vrousai é um dos indiscutíveis do Rio Ave. O lateral-direito grego participou em 27 dos 28 jogos oficiais na presente temporada, falhando apenas o desafio da 9.ª jornada, frente ao Benfica (0-5), por ter sido expulso na partida imediatamente anterior, diante do Atlético, para 3.ª eliminatória da Taça de Portugal (3-1, após prolongamento).

Em Vila do Conde há pouco mais de um ano – chegou ao Rio Ave a meio da época passada, proveniente do Olympiakos -, desde cedo demonstrou que vinha para se impor. Contabilizou 14 encontros (um golo) em 2023/2024 e garantiu de imediato presença no projeto rioavista para a campanha em curso.

A BOLA quis perceber o que está na génese destes dados e esteve à conversa com Patrick William, defesa-central brasileiro que deixou o Rio Ave esta temporada para rumar aos japoneses do Kyoto Sanga. E a opinião do antigo colega não poderia ser melhor.

«Não chama muito a atenção, mas é incrível. O Vrousai é dos jogadores mais regulares que conheci em toda a minha carreira. Tem imensa maturidade e é bastante inteligente taticamente. Apresenta a mesma qualidade em diferentes esquemas táticos», afirma.

A preponderância de Vrousai é de tal ordem que lhe permitiu entrar no leque de capitães de equipa. «Depois do Vítor Gomes, ele é o que tem mais tempo de clube. Não me espanta. Dá-se bem com toda a gente, foi muito importante na integração dos jogadores novos que chegaram ao clube e tem as qualidades humanas necessárias para envergar a braçadeira de capitão», salienta Patrick William, que não esconde que o lateral pode voltar à seleção da Grécia – tem 5 internacionalizações: «É competente e joga numa posição para a qual é complicado encontrar boas alternativas. Sendo um jogador completo, não me espanta que volte à sua seleção. E torço muito para que isso aconteça.»

A finalizar, o brasileiro deixou elogios aos vila-condenses e ao técnico. «O Rio Ave está numa boa fase e em projeção. O mister Petit é um bom treinador e depois de trabalhar com ele confirmei toda a sua qualidade. É um adepto do jogo positivo», acrescentando que a adaptação ao Japão está a correr bem e que sonha com a «conquista de títulos» pelo Kyoto.