24 maio 2025, 15:13
SONDAGEM: quem foi o melhor avançado da Liga esta época?
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Treinador fez o lançamento da partida de amanhã, com o Benfica, da agitação dos últimos dias, os elogios a Di María e tudo aquilo que mudou no Sporting desde o seu primeiro dia. Ainda não tem um onze definido e reforçou a felicidade de Hjulmand e Gyokeres de vestirem a camisola dos leões
- Disse que a Taça de Portugal seria um sonho de criança, os jogadores já manifestaram o desejo de conquistar essa dobradinha, como está o grupo neste momento?
- Sim, é um sonho, mas temos de desfrutar o jogo e aproveitar a sua envolvência e tudo o que já significou para os jogadores e treinadores que a conquistaram. A festa dos adeptos, à volta do estádio, mas sim, queremos ganhar, disputar o jogo e olhar para ele com a ambição de vencer. Queremos chegar ao fim com o realizar do sonho de conquistar o troféu. É mais um objetivo e um sonho, sim.
- Como é que o Rui Borges está a viver tudo isto? Venceu um bicampeonato que fugia há tantos anos e neste momento está próximo de vencer outro troféu?
- Com felicidade, mas acima de tudo, mas equilibrado. Estou feliz por ter conquistado o campeonato, o principal troféu nacional, de ter conseguido, com trabalho, ter seguido meu caminho, mas muito equilibrado porque o futebol é o momento e passa tudo muito rápido. Tento sempre ser muito equilibrado. Queremos muito continuar a ganhar, a entrar na história do Sporting e acrescentar um troféu que já foge há muito tempo também, a dobradinha que foge há 20 anos.
- Que importância poderá ter DiMaríana estratégia doBenfica Acredita que pode jogar?
- Di María acredito que jogue porque é claramente diferenciado e acima da média para o nosso campeonato. O passado fala por ele. É um jogador que toda a gente gosta, pela qualidade que tem em campo. É um jogador acima da média e que pessoalmente admiro muito. O Sporting é a equipa com a melhor defesa e ataque do campeonato e revela muito da ambição que o adversário terá amanhã, que também quererá sair com o troféu.
- Que Benfica espera encontrar, um adversário que se encontra ferido depois de perder o campeonato? Isso vai ter peso no jogo?
- Não belisca em nada, o Benfica vai estar super motivado. Já conquistou a Taça da Liga, nós ganhámos o campeonato. São as duas melhores equipas do campeonato, porque assim ditou a classificação. Estamos muito motivados para conseguirmos a dobradinha. Queremos escrever mais uma página muito bonita. O clube merece muito ser feliz e voltar a conquistar um título esta época, que foi muito difícil e de superação. Este grupo merece conquistar essa dobradinha e vencer mais um troféu.
- Estreou-se contra o Benfica e vai despedir-se diante do mesmo adversário. O que realmente mudou no Sporting desde esse ponto de partida?
- Acabar como comecei... é bom sinal, sinal de que ganhamos. Tem sido um desafio muito grande para nós enquanto equipa técnica, percebermos algumas coisas, irmos um pouco à parte do jogador. Sou muito de ouvir porque se eu não consigo ter os jogadores do meu lado, não me adianta de nada ser bom treinador e ter bons exercícios porque não se vão agarrar à ideia. O grupo é incrível. Têm uma amizade entre todos, um verdadeiro espírito de família. Para mim foi fácil nesse sentido. Porque ninguém fugiu do caminho. Jamais perderam a ambição de ganhar, de ter essa fome de ganhar e por isso merecíamos muito sermos campeões nacionais e agora merecemos muito vencer a Taça de Portugal.
- Esteve aqui o Hjulmand a abordar o jogo. Até que ponto é importante ter um jogador com esta liderança e se é uma peça indispensável para o futuro?
- Já falei várias vezes sobre a importância que o Hjulmand tem para o grupo. Por isso é que aos 25 anos é capitão do Sporting. É um capitão que basta olhar para ele, a presença dele que se respeita logo. Está sempre a ligar o grupo, sempre comprometido, sempre com as palavras certas. Aos 25 anos ser capitão do Sporting e representar tudo aquilo que representa para o grupo é de alguém que é especial. A minha liderança passa também pela liderança dos capitães e a dele é muito fácil. É indispensável, mas tem contrato com o clube. Está ligado ao Sporting, gosta muito do Sporting e está feliz. Vejo-o muito feliz e ligado ao futuro do Sporting.
- Diomande está disponível?
- Diomande está em dúvida até à hora do jogo. Está a fazer o seu trabalho. Apenas e só o Diomande está em dúvida. Vamos ter de esperar pelo jogo de amanhã.
- Já tem um onze na cabeça para o jogo? E sente que este Sporting está mais forte para esta final do que no ano passado?
- Não, ainda não tenho. Por causa do Diomande e também uma ou outra situação. Também não quer que eu diga o onze... Acho que o Sporting, à sua maneira, estava forte o ano passado e está muito forte este ano. Campeão nos dois anos. Mas foco-me muito neste ano, na minha equipa. O ano passado é passado. Houve muitas contrariedades. O St. Juste foi expulso, se bem me lembro. Que seja um grande jogo. Que as pessoas saibam estar. Quero deixar uma palavra aos nossos adeptos, que foram muito importantes ao longo da nossa caminhada. Quero deixar um apelo ao fair-play. As minhas lembranças da Taça são sempre boas. E que assim seja amanhã. Que deixemos recordações boas, dentro de campo para nós e fora dele também. Que saibam estar. Que se respeitem. Que se divirtam. Mas que no fim ganhe o Sporting e que o jogo seja lembrado como um grande jogo e uma festa muito bonita.
- Esta será a terceira final contra o Benfica esta época. O que espera de diferente?
- Será um jogo muito competitivo, um pouco à imagem dos outros. Amanhã não vai fugir muito disso. A individualidade irá aparecer num momento ou outro. São duas equipas que se conhecem muito bem, tanto a nível coletivo como individual. Será decidido num lance de inspiração muito individual. Aconteceu assim nos anteriores e creio que será também assim amanhã.
- Disse que sentia o Hjulmand feliz no Sporting. Sente o mesmo com Gyokeres?
- Em relação ao Viktor, e é bem demonstrativo na cara dele, como está feliz no Sporting. Quer marcar amanhã, está muito focado nisso, e bem. Sabe que fez uma grande temporada. É o melhor avançado da Europa. Vai ser apetecível, mas tem cláusula. Mas sei que se não sair que continuará feliz no Sporting porque é assim que ele se sente. Controlar as emoções nos festejos? Para mim foi fácil. Os jogadores festejaram e muito bem. A partir do momento em que estamos a treinar, eles estão focados. Não é preciso dizer nada. É um grupo muito motivado, que quer ganhar sempre e sempre. Queremos acrescentar a 18.ª Taça de Portugal à história do Sporting.
- O Sporting parte como favorito por entrar no jogo como campeão?
- Muito sinceramente, acho que não. São as duas melhores equipas do campeonato, motivados à sua forma e à sua maneira por questões diferentes. É 50-50. Uma final da Taça de Portugal. Bons jogadores nas duas equipas. Será certamente 50-50 e um jogo muito equilibrado.
- Já recebeu alguma garantia por parte do presidente que será mantida a estrutura base da equipa?
- Acredito que ficará se não todo, grande parte do grupo. Tem sido essa a política do clube nos últimos anos e isso é demonstrativo das conquistas. Há cláusulas, há coisas que não conseguimos controlar. Mas acredito que grande parte do plantel ficará para a próxima época.
- Vai manter o 3x4x3 ou está já a pensar noutro modelo para o futuro?
- É a forma como vocês olham para o jogo e para o sistema. Vou puxar um pouco a cassete. Se forem ver os meus jogos do Vitória, em 80% do tempo do jogo começávamos com uma construção a três. Não fugi à minha ideia de jogo, fui adaptando comportamentos. As minhas bases estão lá. Claro que talvez tenha mais tempo - e vou ter, de certeza - para treinar coisas mais específicas e de forma mais rigorosa. Não tive grande tempo para isso. Daí ter dito que foi um grande desafio para nós enquanto equipa técnica, de tentarmos não fugir ao que é a nossa ideia.
- No dérbi da Luz disse que a equipa recuou demasiado após o golo. Como é que o treinador está a pensar contrariar a tendência com a equipa em vantagem numa final?
- Às vezes é difícil porque o subconsciente da equipa acaba por mudar e ser diferente. Amanhã será certamente um jogo diferente daquele que foi no Estádio da Luz. Vocês falaram tanto da posse quando o Sporting tinha mais posse que os adversários. Ainda há pouco tempo éramos a equipa com mais posse em Portugal e vocês não falaram da posse. Mas foi algo natural no Estádio da Luz, pelo ambiente em si, pelo resultado. Era natural que, inconscientemente os jogadores fossem um pouco mais para trás. Depois entrámos outra vez no jogo e o Di María saiu fora... Temos sempre de reagir rápido e nem sempre acertamos. Não somos 100% certos em tudo. Tentamos sempre ajudar ao máximo. Eles ouvem-nos muito, agarram-se à nossa mensagem, tentam ser o melhor possível e foi também por isso que fomos campeões nacionais.
24 maio 2025, 15:13
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