Polícias suspeitos de tortura ficam em prisão preventiva

Polícias suspeitos de tortura ficam em prisão preventiva

Juiz de instrução considerou haver risco de continuação de atividade criminosa e perturbação do inquérito

Os dois agentes da PSP que foram detidos na sequência de buscas feitas pelo Ministério Público por suspeitas do crime de tortura ficaram em prisão preventiva, após serem ouvidos por um juiz de instrução criminal. Segundo o jornal Expresso, o juiz tomou esta decisão por haver risco de continuação de atividade criminosa e perturbação do inquérito.

Os suspeitos terão agredido violentamente pessoas que tinham sido detidas por crimes como furtos. Uma delas, na esquadra do Rato, foi agredida com um bastão. As agressões foram filmadas pelos próprios agentes.

Os agentes, ambos em início de carreira, foram detidos na quinta-feira durante uma operação do Ministério Público, através do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, que incluiu buscas em esquadras como a do Rato e a do Bairro Alto, e nas casas dos próprios polícias.

A investigação teve origem numa denúncia feita pela própria direção da PSP, depois de um dos responsáveis da mesma ter ficado a perceber em quem recaíam as suspeitas do crime de tortura, um agente da Primeira Divisão Policial e um agente do Comando Metropolitano de Lisboa.

O processo envolve suspeitas de crimes como tortura, ofensas à integridade física, peculato e falsificações, tendo já sido identificadas cerca de dez infrações, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Em reação, uma fonte da PSP foi clara: «Se isto for verdade, só temos é de fazer o que estamos a fazer, prendê-los, levá-los à Justiça e correr com eles, pois não queremos elementos desses na nossa polícia.»

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