Tatiana Pinto, à direita, com Inês Pereira, guarda-redes de Portugal - Foto: IMAGO

Tatiana Pinto e o apuramento: «Vamos chegar ao último dia a depender de nós»

Média analisou a goleada sofrida frente à Espanha e definiu o dia de hoje como «um dia duro» para a seleção de Portugal

Após a derrota por 0-5 frente à Espanha, Tatiana Pinto, média de Portugal, falou sobre a partida, garantiu acreditar nas hipóteses de qualificação das Navegadoras e não negou o impacto da morte de Diogo Jota e André Silva no conjunto nacional.

«Acabámos por nos lembrar do que já tinha acontecido [na derrota por 1-7 com as espanholas, na Liga das Nações], até porque foram golos semelhantes, de cruzamento. Mas lá está: quero destacar que a segunda parte foi uma reação muito boa e que nos dá uma motivação extra para os dois jogos que faltam. Temos de recuperar fisicamente e sobretudo mentalmente. Foi um dia muito duro, pesado para nós e para todos os portugueses. Tenho a certeza que vamos chegar ao último jogo só a depender de nós», começou por analisar a média.

Questionada sobre o impacto das notícias sobre a morte de Diogo Jota e André Silva, Tatiana Pinto não negou que foi «um dia duro»: «Perder um dos nossos nunca é fácil de digerir, até porque isso nos coloca a pensar em coisas realmente importantes. Mas faz parte, a vida é isto e temos de seguir em frente. Obviamente o resultado não foi o que queríamos para homenagear o Diogo Jota, tenho imensa pena e aproveito para deixar os meus pêsames à família.»

A jogadora prosseguiu a análise. «Houve falta de intensidade, de agressividade, não ganhámos os nossos duelos. Não sei porquê. Realmente na segunda parte corrigimos isso. Não tivemos medo, assumimos, ganhámos os nossos duelos, demos passos em frente. Contra estas seleções, tem de ser assim. Se lhes damos muito espaço, estamos mortas. Estou muito orgulhosa da segunda parte que fizemos. Sofremos o quinto golo mas acho que podemos olhar para a segunda parte como uma reação positiva e podemos fazer ainda melhor nestes dois jogos que faltam», continuou a média, que concluiu com a análise ao futuro do grupo, frente a Itália e Bélgica: «Não está nada perdido, não está nada ganho. Faltam dois jogos. O Campeonato da Europa é imprevisível, muito competitivo. Tenho a certeza, mesmo de coração, que vamos chegar ao último jogo a depender de nós.»